sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O DOM DA AMIZADE

Penso que sozinha consigo tomar decisões acertivas.
Verifico que estou enganada.
Escrevo hiperboles que não trasnmitem os meus verdadeiros pensamentos e sentimentos.

Sem metáforas, quero de dizer a uma pessoa que gostei muito como amiga que desejo que encontre o caminho certo e que conscretize os seus sonhos, pois está perto de os conseguir.
O passado é passado e não existem rancores nem sentimentos de inemizade.
O futuro somos nós que construimos passo a passo de mãos dadas para uma melhor humanização.

A ti meu amigo, obrigada por me chamares à razão.
Agora sinto-me bem melhor e posso dormir descansada e em paz.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

ANO NOVO VIDA NOVA

Sento-me em frente ao meu computador enquanto a minha gata vagueia de um lado para o outro procurando um assento quente.
Penso – está frio – mas tenho o aquecedor ligado.
Frio.
A minha mente dispersa-se por outras paragens e fixa-se em terras em que outros seres sofrem de falta de condições humanas. Não têm alimento, aquecimento, os seus corpos seminus não escondem a magreza, a doença, o abandono.
Esses têm o direito de dizer que têm frio e têm todo o direito em chamar a nossa atenção.
Estamos deveras egoístas.
Enchemos os Centros Comerciais na gula de querer comprar tudo nesta época natalícia.
Que sociedade construímos?
Envergonho-me dela.
Envergonho-me de pouco fazer por ela.
Muito material informático, escolar, alimentar, etc. que se destina a povos de países desfavorecidos é corrompido por funcionários dessas empresas e instituições que, ao romperem o sistema, lucram em próprio benefício.
Envergonho-me de conhecer tal gente.
Será que a consciência daquelas cabeças burlescas não pesa à noite quando se deita e quando “educa” os seus filhos?
Este sábado estive num um almoço de Natal em que se comentava que, se a população desfavorecida da China reclamasse os direitos de saneamento básico como ter luz, água canalizada e gás, o Planeta entraria em colapso.
Registem bem, colapso.
Como os “Grandes” governantes não querem que se entre em colapso, permitem que se mate e que se explore cidadãos de Deus.
Há muito que energias e consumíveis alternativos não poluentes estão desenvolvidos e comprovados como eficientes e seguros. Mas o egoísmo e a soberania do capitalismo impedem que sejam postos à venda.
Que vergonha!
Se poupássemos mais os recursos naturais, todos teriam os mesmos direitos.
Seremos mais do que os Chineses?
Claro que não!
Paremos com esta politica hipócrita e parasitante que paralisa a mente e a consciência de cada um de nós.
“Ano Novo, vida nova” diz o velho ditado.
Apliquemos esta máxima e sejamos mecenas da cidadania, fraternidade, igualdade, liberdade e justiça.

sábado, 8 de dezembro de 2007

BEAUTIFUL DAY

Hoje acordei repleta de vida e energia.
Há muito que não me sentia assim.
Constipada e muito fanhosa, não serve de impedimento para me sentir feliz!
Feliz porquê?
Porque vivo feliz, faço o que gosto, estou com quem quero, respeito as decisões dos outros e sou respeitada. Mas acordei sobretudo feliz porque lembrei-me de um amigo de que gosto muito e que já não vejo faz algum tempo. E pensar nele com carinho e ternura, fez-me sentir plena.
Estive ainda há pouco no blog dele, e não tinha escrito nada de novo. Estava cheia de vontade de saber coisas dele, saber se estava bem, mas o que encontrei foi uma hiperligação directa para o meu blog. Beleza intitula ele.
Sorrio, é o que faço neste momento. Sorrio enquanto escrevo, penso e ouço o álbum U2 the best of 1990-2000.
É meu dever perpetuar essa beleza e prestar-lhe neste post a devida homenagem.
Esse meu amigo é uma pessoa linda em todo o sentido da palavra.
O seu enorme coração, por vezes prega-lhe grandes partidas que servem para o enriquecimento da sua pessoa.
Ser um Ser índigo. Tamanha responsabilidade. Redescobriu tal característica e façanha a tempo, para que, onde quer que esteja e por onde quer que passe, construa um mundo melhor, mais humano, fraterno, livre e igual de direitos.

Para ti meu amigo, se leres este post, um grande beijo e abraço muito especial, de quem nesta vida gosta muito de ti, e que numa outra te amou de mãe para filho.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

MACEIÓ



Maceió,
Nada de ti conhecia,
Pouco tinha ouvido falar,
Mas quando te vi, prendes-te o olhar.
Dia a dia fui-te conhecendo melhor e cada canto da tua beleza singular despertou em mim o desejo de querer voltar.
Maceió que saudades tenho de ti!
A letra daquela música que proclama o teu nome é verdadeira e pura quando diz “Que saudades do céu, do sal, do sol de Maceió”.
O Norte é o teu pai e o Sul tua mãe. Pouco tinham em comum quando se conheceram, mas o fruto da sua união, no centro de Alagoas, deu à luz a bela menina que és tu.
A Norte vi África, com uma paisagem selvagem e agreste, mas linda de cortar a respiração.
A Sul vi planícies extensas repletas de canas-de-açúcar e coqueiros, alguns prestes a brotar. Com a maré bem baixinha de água quente e transparente propiciaste-me belas caminhadas tranquilas, excelentes para quem quer namorar.
Hum que delícia saborear aquela água de coco bem fresca junto ao mar.
Os peixes nadavam entre nós sabendo que nada lhes aconteceria.
Ao fim do dia, por diversas vezes deste-me a saborear as deliciosas tapiocas com coco e goiabada, acompanhadas pela bela cerveja Skol, sentada quase à beira mar. Que delicioso paladar. Manjar dos anjos, pois sentia-me nas nuvens nesse lugar.
Oh Maceió
O que fizeste de mim?
Roubaste o meu coração!
Gunga, Paripueira, Barra de São Miguel, Ponta Verde, Pajuçara … hoje fazem parte de mim. Outras tuas belas praias que não conheci, vivem agora dentro de mim, como que um bichinho adormecido fazendo cócegas para que lhe dê atenção.
Irei voltar,
Podes estar certa disso.
Quando?
Não sei.
Mas sei que de hoje em diante poderás ver em mim uma amiga, pois acolheste-me, acarinhaste-me, e cuidas-te de mim.
Senti-me segura nos teus braços de sereia que me embalaram de noite e de dia, sonhando no paraíso me encontrar.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

76 ANOS

Olho-me ao espelho
Vejo o meu rosto envelhecido
Desvio o olhar pois não reconheço esta imagem
Assemelha-se a mim
Mas quem é esta mulher que se encontra aqui, diante de mim, de lábios finos e de olhos descaídos?
Quem é esta mulher que se quer parecer comigo e que insiste em permanecer à minha frente?
O que se passa?
Sou eu?
Mas eu não me vejo assim!
Eu não sou assim!
Começo a assustar-me.
Será que os outros me vêm assim?
Dizem e pensam que estou velha?
Mas o que é ser velha?
Escrevo e choro pois não me sinto compreendida.
Envelheço aos olhos dos outros, menos aos meus
O que se passa?
Já não me aceitam
Sinto um vazio tremendo dentro de mim.
Hoje, despedi-me dos meus colegas e companheiros de 40 anos de trabalho.
Fizeram-me uma grande festa, ofereceram-me flores, escreveram-me lindas palavras de amizade mas …
Mas amanhã eu já não estarei lá…
Tudo será diferente. Até para eles.
Dizem, sorte a minha, que vou descansar
Mas eu não preciso de descansar para sempre
Porque é que me mandaram embora?
Dizem que trabalhei de mais e que mereço o devido descanso.
Quando morrer terei tempo para descansar
Preciso de viver. Agora mais do que nunca pois vêm-me como uma velha
Eu não sou velha
Grito para que todos ouçam: NÃO ESTOU VELHA! COMPREENDEM?
Levanto o meu rosto novamente em direcção ao espelho.
Agora sim, reconheço que esta sou eu.
Como estou…
A maquilhagem escondia a marca dos anos.
Baixo a intensidade da luz para que não veja a profundidade das imperfeições do rosto.
Hoje, pela primeira vez, olho-me com outros olhos.
Olho para mim como sou.
Eu não sou apenas um rosto envelhecido.
Eu sou um todo!
Um ser completo que tem alma, vivacidade, sentimentos, amor e também um corpo, um rosto, umas mãos envelhecidas
Que com orgulho mostram o que passei, o que vivi, o que percorri na vida para chegar onde estou hoje.
Ergo o meu rosto
Olho-me novamente ao espelho
Desta vez com orgulho dos meus cabelos de raiz branca que deixarei crescer.
Orgulho-me dos meus lábios finos que ainda hoje proclamam palavras de amor.
Orgulho-me dos meus olhos plácidos que conseguem ver a cor da vida.
Não morrerei com pena de mim.
Um dia morrerei numa pele velha
Mas nunca numa velha alma.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

NOITE DE LUAR

Noite amena e meiga
Numa noite de luar levaste-me nos teus braços a beijar o mar
E junto de ti, voltei-me a encontrar.
Nessa noite foste a minha amiga confidente.
Segredei-te baixinho ao ouvido o que estava de novo a sentir
Tu respondeste-me docilmente o que queria ouvir, embalando-me na mais harmoniosa melodia de como saber amar.
Quando afagaste o meu rosto sorridente em direcção ao luar
Vi que ele também sorria para mim.
Sempre o tivera visto antes, mas nessa noite, percebi que o observava de maneira diferente, como se fosse a primeira vez.
Como era encantador e belo.
Enquanto o contemplava, os meus olhos propalavam doçura e amor.
Timidamente olhei para baixo pois senti que estava a corar.
O teu sopro orvalhado mas simultaneamente quente, detinha a mais rara, doce e genuína fragrância que alguma vez conseguira alcançar.
Detinhas a essência do luar.
Rendida, deixei-me por ele levar, como ondas que percorrem o melhor dos mares.
Sempre o procurei sem saber onde o encontrar
Ele agora está junto de mim não querendo mais o largar.

Noite amena e meiga
Hoje quando olho para ti
Alcanço o que está para além da minha visão.
Contemplo a tua beleza misteriosa e profunda, pois oferendaste-me com uma das mais preciosa jóias que Deus criou.
Chama-se Alma Mater, nascida naquela noite de luar
que desde então, amplia a minha vontade de querer bem viver, com amor, ternura, liberdade e paixão.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O TEMPO DA NOSSA VIDA

O tempo passa depressa e na maioria das vezes nem dou conta de que tudo mudou e, em simultâneo, tudo parece permanecer na mesma.
A minha vida mudou, a vida dos meus amigos mudou, a vida dos meus familiares mudou, a vida da minha Bianca mudou.... e a vossa, de certo também mudou.
Mas se analisarmos bem, não mudou assim tanto.
Já nem me lembrava que tinha passado quase um mês que não escrevia um único post. Temática não faltava, mas outros assuntos intrometiam-se na minha escrita reflectiva e, ficava prometido um post para "amanhã".
O amanhã representou quase um mês e muito sinceramente, todos os assuntos interessantes que deveriam ter sido escritos e registados aqui "para sempre", ficaram perdidos no tempo e hoje, já não têm o peso que lhes era merecido. Assim, para que não os atraiçoe, não falarei deles. Talvez um dia, se a vida quiser.
Iria escrever se o tempo quiser, mas o que é o tempo? Será que existe? Newton ou Einstein teriam razão?
Ontem, enquanto lia um artigo na Super Interessante do mês de Outubro sobre o fim do tempo pensava - será que o tempo existe ou será uma necessidade que o homem tem em registar os acontecimentos da sua vida?
Já Parménides no século V a.C. afirmava que tanto o tempo como o movimento e a mudança não passam de ilusões.
Enquanto a comunidade científica não prova tais teorias, pois quanto mais se penetram mais confusas se tornam, só poderei dar a minha singela opinião, enquanto ser vivente e pensante, num mundo que já não dorme.
Todos nós já dissemos, nem que seja para nós próprios, que o tempo voa, que nem demos conta de o tempo passar, ou que, está a passar muito devagar.
Ora, se o tempo é sempre o mesmo, registado por um metrónomo preciso, estas afirmações farão sentido?
Para mim fazem se pensarmos como Parménides e outros pensadores filósofos e cientistas. É uma ilusão. O meu ritmo não é igual ao ritmo do outro. Aliás, os relógios são ajustados e acertados anualmente. Os dois relógios mais precisos do mundo, ao fim de um tempo de utilização entram em imprecisão temporal. Qual dos dois é que estará certo?
Como registo histórico, o tempo e o seu eterno companheiro, o espaço, nasceram há cerca de 13.900 milhões de anos. Antes disso não havia absolutamente nada, dizem os cientistas. O cosmólogo Kari Enqvist, da Universidade de Helsínquia afirma que "o conceito de tempo começa com o Big Bang". Ou seja, o tempo tem um tempo de vida...mas o conceito de Big Bang também está a ser destronado pelos actuais cosmólogos...afinal ficamos em quê? Teremos tempo de vida para vivenciarmos estas respostas? Em teoria até poderíamos ir mais longe...se o espaço é obra de Deus e o tempo por sua vez é comandado por si, terá Deus 13.900 milhões de anos? Como nasceu e em quanto tempo? Poderemos comparar Deus ao Big Bang? Os descrentes em criação divina dirão que sim....é melhor deixarmos esta última linha para um outro post. Daria pano p’ra mangas, utilizando a gíria portuguesa. Por falar em gíria e em línguas, outro bom tema seria a proibição da utilização do gerúndio na escrita Brasileira...deixe-mos para outras núpcias pois o tempo não dá para tudo...

Estou a falar de tempo e olho para as horas... são 2:07h da manhã, marcadas pelo meu computador.

Amanhã tenho de acordar cedo. Às 7:30h da manhã. O que é cedo para mim, pode já ser tarde para quem a essa hora já se encontra a trabalhar. Mais uma vez a relação de tempo é tão finita, ou deverei antes escrever infinita?
Mas o tempo que somos obrigados a viver e conviver urge e tudo o que nos rodeia não pára. Muda ou transforma-se.
Eu transformo-me se estou envolta de mil afazeres laborais, pois deixa-me menos "tempo" para fazer outras coisas de que gosto. Transformo-me se estou apaixonada, pois tenderei a querer vivenciar tudo mais lentamente para que o "tempo" dure...Transformo-me e transformar-me-ei daqui a menos de 48h em emoções no casamento da minha mana, pois o "tempo" passou e já não somos umas meninas. A emoção estará ao rubro...por um excelente motivo:-) Transformei-me este fim-de-semana quando pensei ter perdido de vez a minha companheira, amiga, e quase filha Bianca...que dor horrível que graças a Deus desapareceu ao fim de 13h. Afinal 13 até é um número de sorte, e as horas contaram. Aliás, contabilizava os segundos em que não sabia o paradeiro dela.
Mas o tempo urge...tempo...tempo....tempo...
Não tenho nada contra ele. Ele ajuda a curar muitas feridas abertas enquanto vivemos. O tempo, ou o bom tempo somos nós, que permitimos mudar e tornarmo-nos melhores e mais fortes.
O mau tempo, deixemos passar mas sem o negligenciarmos, pois se o ignorarmos podemos ser "comidos" por ele....

A todos, desejo um excelente bom tempo de vida!

sábado, 15 de setembro de 2007

TORNEIO DE AEROMODELISMO “ASAS DE PORTUGAL”



8 de Setembro de 2007
Destino: Aeródromo de Évora...

Sábado, 7 da manhã.
A manhã despertara muito cedo para mim...
depois de ter dormido em casa da Diana, para que o meu trajecto fosse mais fácil e rápido, diriji-me, a pé, até à estação de autocarros da Rede Expressos para embarcar no autocarro das 8:30h com destino a Évora.
Já bem acordada, mas ansiando por silêncio para que podesse cochilar um pouco mais, este não se fez sentir...muito pelo contrário...ao som do pior fórró brasileiro que possa existir, encontrei-me a expressar caretas que se espelhavam na janela do autocarro...que hora e meia dolorosa...tentava abstrair-me daquele ruido até que, por breves minutos, o sono tomou conta de mim, salvando-me daquele teórico espaço musical.
A minha chegada a Évora deu-se por volta das 10:30h da manhã.
Uma breve viagem de taxi até ao aeródromo se fazia prever.
Para grande surpresa minha, o taxista alentejano detinha um gosto requintado por artes plásticas. Invulgar para a maioria dos taxistas. Deliciámo-nos a ouvir a entrevista sobre arte figurativa... Deus abençoava e beijava os meus delicados ouvidos...agora sim...a manhã estava a começar bem...

Chegada ao Aeródromo de Évora, fui calorosamente recebida pelo meu querido Filipe com um grande beijo e abraço de boas vindas. Senti-me em casa mesmo estando afastada geograficamente quase 200km.
Dirigi-mo-nos ao local onde decorria a prova de acrobacia.
Em prova estava um Sr. inglês, seguido de um espanhol e os nossos, mas únicos aeromodelistas em acrobacia existentes em Portugal, José Filipe Lopes e Fernando Costa.
O Filipe e o Fernando destacavam-se no meio de mais de 300 participantes espalhados entre provas de velocidade, acrobacia e combate.
Escusado será dizer que esta observação não se deve ao facto de ter uma estima mais do que especial pelo Filipe, mas porque observei as outras provas e de longe, esta era a mais engenhosa, dificil de executar, quer em perícia quer em experiência de voo. Direi mesmo que é a Alma Mater de todo o Torneio.
Seguia-se um longo dia de provas.



Chegado o fim do dia, algo de espantoso esperava por mim.
Iria repousar num antigo seminário católico.
Aqueles longos corredores detinham alma...


o cheiro do soalho revestido a pedra polida, as longas e sombrias paredes pintadas a ocre, o mobiliário em madeira escura envelhecida, os claustros luminosos que rompiam a arquitectura rigida, ... fazia-me imaginar histórias quase épicas, do tempo em que a igreja católica regia os seus discipulos com severidade e com compaixão simultaneamente...
O tempo tinha passado, tudo mudara, mas a marca histórica mantivera-se presente.
... Que espanto! ...


A noite tomara conta de Évora.
Toda a equipa que compunha o torneio reunir-se-ia num jantar de boas vindas, organizado pelo anfitreão do Torneio - Júlio Isidro que, ao estar ali presente, mostrara uma grande humildade e humanidade, pois a sua mãe falecera nesse dia...
O jantar foi gracioso e a mesa onde estava sentada era composta por amigos do Filipe e do Fernando. Pessoas essas que guardo com estima pois, também elas, me proporcionaram um fim-de-semana expectacular.
A noite, ... essa foi pequena e passou a voar... às nuvens subi várias vezes desde que cheguei a Évora ... :-)
Domingo...
último dia de competição.
Não sei os resultados pois voltámos mais cedo para Lisboa.

O meu baptismo nesta área foi feito neste torneio, apontado como o maior evento de aeromodelismo da Europa.
No próximo domingo, dia 16, estarei novamente em Évora, no Portugal Air Show, acompanhada mais uma vez pelo melhor aeromodelista acrobático - Filipe :-)

domingo, 9 de setembro de 2007

MY MIND AND ME

Não sei...
Não sei se hoje me apetece escrever se em código, num desabafo quase literário psiquicoanalitico para meu entendimento pessoal, se também para os amigos que me conhecem bem e me compreendem....
O que se passa?
Eu sei o que se passa, só não sei se deverei expressá-lo.
Expressar a alegria, o contentamento o amor que sinto a nascer dentro de mim...a nostalgia em tons de cépia, quase outonal, que envolve a minha alma desde este fim de tarde dificultando-me ver a verdade que tento analisar...
O que é a verdade?
A minha verdade será a verdade do outro?
Se calhar não tenho de analisar nada...tenho de me deixar levar pelos sentimentos...por aquilo que me apetece dizer e fazer no momento...com amor...por amor...
...apreciar aquilo que Deus me deu e me fez ver quase ao fim de 30 anos...
Ainda nem acredito. É bom demais para ser verdade – penso por momentos...
Mas é verdade e é deveras maravilhoso! está bem perto de mim e posso alcança-lo... :-D
Que fim-de-semana maravilhoso!!!!!
No seu conjunto foi marcado e muito bem marcado por pessoas simpáticas, humanas, amigas, companheiras de longas jornadas de vida do meu ... meu não...”my lover” as told me the British man... :-D

«My lover...
mesmo sem a presença do sol neste dia de Domingo, continuaste a iluminar e a aquecer o meu coração, fazendo-me sorrir sempre, mesmo quando o sono docilmente chamava por mim...»

A verdade ... essa deixarei por conta do tempo, para que não seja ultrajada por uma mente que me mente, influenciada por diversos factores externos, um deles a Lua, que em seu quarto minguante por norma me torna nostálgica e descrente do que é bom e belo na vida....
Até lá...viverei sempre a sorrir e a amar cada vez mais....

terça-feira, 4 de setembro de 2007

RED BUL AIR RACE



Que dia maravilhoso, fantástico, fabuloso, fenomenal
Vivi e vivenciei um dos espectáculos aéreos de maior dimensão de adrenalina e excitação.
O desejo de lá estar era tão grande, que comprei a minha passagem de comboio dois dias antes, não fosse o “D” tecê-las.
Sexta-feira. Lá fui eu de Alfa Pendular até ao Porto, mas não pendurada. Pendurados e aprisionados ficaram alguns passageiros de outras carruagens quando se dirigiram ao bar que fica situado na carruagem 3. A porta de passagem não abria. Foram flashs cinematográficos muito divertidos para quem os presenciava.
Chegada ao Porto por volta das 23h, a festa estava instalada. O Porto estava em festa. Milhares de pessoas, animadamente passeavam na rua, falando línguas que não o português. Avistava-se um dia de sábado longo mas pleno em emoções.
Lá pelas 4 da manhã quase que consegui pregar olho na almofada. A fanfarra vinda do exterior tinha-se extinto. Apenas se movimentavam os carros de recolha de lixo. Estes, enquando recolhiam os dejectos deixados pelas pessoas, poluíam sonoricamente o ambiente que anciava por silêncio. Adormeci, não sei se por cansaço, se pelo silêncio que se fez valer.
Sábado. O grande espectáculo aéreo tinha hora de abertura às 13h. Estrategicamente, para que não se perdesse pitada do espectáculo, muitos fãs, quase incondicionais, entre os quais amigos meus, desde as 2 da manhã fincavam pé diante do palco situado à beira rio.
Previamente tinha combinado com eles encontrarmo-nos lá. Cheguei perto das 10 da manhã, depois do táxi onde ía, ter conseguido passar a forte barreira policial que cortava as estradas de acesso ao Cais de Gaia.
Sentia-me uma mulher previligiada. Durante a noite passada, dormira pouco mas tranquilamente e agora, 8 horas depois dos meus amigos terem chegado, poderia assistir sentada e na fila da frente o Red Bull Air Race. Isto graças ao meu querido Filipe que, com muito carinho, guardou um lugarzinho só para mim mesmo ao seu lado.
Digamos que o dia começou bem, logo naquele instante.
Palavras para quê...O importante foi o que senti. Não verbalizarei mais pormenores. Esses ficarão sempre na posse de quem os viveu e vivenciou comigo :-)
O espectáculo começara.
Não só começara o espectáculo aéreo, que esse nem tenho adjectivos e substantivos para o descrever como merece, mas começara também o espectáculo humano que tanto me fascina.
Admiro a simplicidade do ser humano, que, em situações de sobrevivência, se utiliza de mentefactos e de artefactos que se encontram em seu redor. Mesmo com a maré a subir, o Sol a escaldar e a poluição inerente no rio, o perigo sensorial era contrariado pela persistência e força de vontade em permanecer ali. E assim foi.

Mas há um outro lado no ser humano que também não me deixa indifente, muito pelo contrário, mas que me perturba. Falo da falta de respeito pelo próximo. Os ânimos humanos, por momentos elevaram-se e quase que presenciámos a uma cena de troca de insultos já não verbais. Mas tudo se acalmou e o verdadeiro espectáculo, para o qual todos ali estávamos, retomou.
Aquelas horas voaram muito rápito. Pareceram ser levadas pela velociadade dos aviões que ali competiam.
Muito divertidamente, o Filipe, vitima da curiosidade dos espectadores que nos circundavam, era constantemente inquirido sobre técnicas aéreas, velociades, ... , que os aviões faziam. Isto é, inquiriam-no por tudo o que poderia ali existir e vir a existir. LOL. Tudo se deve ao facto de ele ser, de facto, a pessoa mais informada que ali estava. É uma caixinha de surpresas deliciosa que me fascina cada vez mais.
Às 17h em ponto dava-se por encerrado o Red Bull Air Race.
Foi tudo muito rápido, muito rápido mesmo, mas muito bom. O bichinho ficou dentro de mim. Alojou-se no meu coração e não quer sair. Também não o vou contrariar pois está-me a dar muito prazer.
A despedida no Cais de Gaia foi rápida mas consigo visualiza-la em slow motion para que fique registada na minha memória para sempre.
Naquela manhã/tarde iniciei um sentimento que pretendo que se prolongue para sempre na minha vida. :-)

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

POESIA


000000000000000000oooooooSe todo o ser ao vento abandonamos

E sem medo nem dó nos destruímos,

Se morremos em tudo o que sentimos

E podemos cantar, é porque estamos

Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.

Quando a manhã brilhar refloriremos

E a alma possuirá esse esplendor

Prometido nas formas que perdemos.


Triskle in Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O ONTEM, O HOJE E O AMANHÃ NA AMIZADE



A noite de ontem tornou-se mais jovem. Recuou 26 anos.
Recuou até à minha infância.
Que bom voltar a estar com amigos que não se viam há 2 anos, 15 anos, 24 anos.
A noite de ontem foi abençoada pela Felicidade.
Para quem lá esteve e agora está a ler este post, sabe do que estou a falar.
Para os que não estiveram, mas desejam alcança-la, aqui vai a explicação :-)
Depois de um prazeiroso jantar, a noite, embora outonal no mês de Agosto, estava longe de querer adormecer e dar lugar a um novo dia.
Fizemos-lhe a vontade. A melhor forma de a celebrar era junto de amigos que nos fazem sentir especiais nas suas vidas. E assim foi.
O encontro foi na Praia de S. Pedro do Estoril.
No total eramos seis pessoas.
Amigos meus, amigos de amigos meus, fizeram daquele momento, um momento de cumplicidade muito agravável.
As ondas do mar, à nossa frente, jubilozamente se enrolavam umas nas outras, numa dança sensual ritmada, envoltas pela neblina nocturna que levava o perfume da marzia até junto de nós.
A conversa, tal como as ondas do mar, desenrolava-se animadamente.
Conversa puxa conversa...afinal...quase nós todos tinhamos referências e lugares em comum, além de sermos amigos de amigos.
Tinhamos em comum o local de trabalho dos pais e a colónia de férias de Almoçageme.
Falámos, rimos, quase que chorámos ao lembrar da morte de amigos comuns que em tenra idade partiram para outro lugar, e recuámos até às brincadeiras que faziamos em criança...
Que bons tempos passámos juntos...
Que bom momento passámos ontem à noite!
Enquanto falávamos entusiastamente da nossa infância, a Felicidade estava sentada poucos metros à nossa frente. Nem podiamos acreditar.
Era a Felicidade. Como estava grande e bonita. Tinhamos de falar com ela.
A Felicidade reconheceu-nos e estivemos junto dela o suficiente para perceber que não estava ali por acaso.
E porque é que encontrámos a Felicidade e não outra pessoa comum da nossa infância?
Porque a vida tinha uma mensagem e uma lição muito importante para nos dar.
A Felicidade, com a sua simplicidade natural, mostrou-nos que vale a pena lutar por aquilo que se deseja. Ela conseguiu ultrapassar as barreiras que existiam na vida dela. Hoje é uma mulher realizada, segura e feliz, porque merece.

A Felicidade está ao alcance de todos, ela vive dentro de cada um de nós. Basta que a queiramos alcançar.
Esta noite, encontrámo-la, vivenciando-a um pouco mais. Sentimo-nos felizes por estarmos vivos e bem de saúde entre amigos que, mesmo não se vendo há 2 anos, 15 anos, 24 anos, estavam ali, simples, iguais, sinseros, genuínos.
Aquela mensagem era directa.
Não podemos deixar passar tanto tempo sem estarmos juntos, não devemos abandonar os nossos ideais só porque é dificil ultrapassá-los. Se há momentos complicados e ásperos na vida, os amigos têm o dom de os tornar mais suaves e doces.
A vida é esquiva e afasta-nos fisicamente.
Vivemos nos corações uns dos outros. Mas cabe-nos contrariar o espaço físico. Se queremos estar junto daqueles que nos são importantes, deveremos estar.
Não custa. Basta querer e disponibilizarmo-nos para fazê-lo!
:-)

sábado, 11 de agosto de 2007

DO DESASTROSO DIA À SERENIDADE

Quinta feira,
a manhã começou desastrosamente mal.
Toca o telemóvel às 12:30h.
Número privado. Odeio receber chamadas de números privados. Por norma nunca as atendo. Deixem mensagem, pois dessa forma saberei quem é e poderei contactar novamante.
Um tanto relutante, lá atendo a chamada.
Meu Deus! Que desgraça! O quê? Ouvi bem? Não pode ser! Como e onde?
Estava em estado de choque. A Carolina faleceu.
Que vazio dentro de mim... que vazio dentro de todos nós...
Como seria possível?
Que angústia...
Rezar por ela, sim sem dúvida. Mas onde quer que ela estivesse, o que deveria fazer era estar perto daqueles que a amavam e lembrar-mo-la com amor.
VIVERÁS PARA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO! descansa em paz junto de Deus!

Amigos meus, externos, quando souberam o que tinha acontecido, deram-me o apoio que precisava naquele momento, naquela hora.
Obrigada Diana...obrigada João Medeiros...Obrigada Joaquim...
Os momentos seguintes que vivi, por muito estranho que possa parecer, foram uns dos melhores da minha vida, que ficarão na minha memória para sempre!
Os lugares que percorri, fizeram-me sentir viva, absorvendo e observando toda a beleza que me circundava...a Carolina vinha à minha memória com muita frequência...dizia-lhe..."podias estar aqui e agora comigo, seria bem melhor"...mas nada mais podia fazer. Aqueles momentos, aqueles lugares, eram para quem tinha ficado.
Seria maravilhoso que, onde quer que ela estivesse, sentisse aquela paz que aqueles lugares me estavam dar.
O passeio foi até Cascais... minha Cidade, minha Vila natal.
Cascais estava linda. Os gelados do Santini estavam deliciosos como sempre...hummmmmm...o gelado de côco era delicioso...hummmmm.....aqueles pedacinhos de côco... que textura deliciosa...hummmmm....
Caminhei pela antiga Vila, por ruas e ruelas...À minha frente, encontravam-se ruas íngremes e estreitas, revestidas com calçada portuguesa...árvores ainda em flor, de várias tonalidades, que coloriam e davam vida a todos os caminhos que percorria...Atrás de mim, estava a baía de Cascais...linda como sempre...serena...aliás, estava maravilhosa! Os meus olhos sorriam para ela! Sentia-me em casa!
Fui até ao Jardim Marechal Carmona. Já não ía lá há tanto tempo...
Familias passeavam e brincavam com os seus filhos, namorados segredavam baixinho confidencialidades, fazendo esboçar sorrisos timidos de quem as ouvia, amigos passeavam com amigos, vivendo aquele momento como se, aquele fosse o momento.
Pontes sobre lagos, patos e patas, tartarugas, pavões, ... , e nós, os humanos, estes, eram os seres caminhantes que percorriam aquele espaço desenhado e construido pelo homem com o intuito de proporcionar momentos relaxantes e repousantes, quer para a alma, quer para o corpo físico.
Para que o momento, não ficasse registado apenas na memória, decidi tirar uma foto...UPS! os meus óculos de sol, os meus queridos Chanel, tinham acabado de fazer o seu primeiro mergulho aquatico. Mergulharam na lagoa dos patos, desaparecendo sem deixar rasto, naquela água verde. UPS! Foi inevitável. Tive de me rir...aquilo era o quê?...o que mais me iria acontecer?... a páginas tantas já não sabia se me estava a rir pela piada em si, se por nervos...enfim...mas não perdera a esperança de os recuperar. Até brinquei com a situação. Amanhã poderia andar uma pata com óculos Chanel. Teria a sua graça...lol...

Dali, segui até à Casa da Guia... Guincho
que lugar lindo.... que paisagem maravilhosa...eram 18:45h
fim de tarde...
o Sol, por detrás de mim, iluminava a Costa de Cascais em tons de laranja... o cheiro a maresia ...hummm...ampliava-me a alma...
...os meus sentidos olfativos fizeram-me desviar o olhar para o restaurante que se situava à minha direita...um delicioso cheiro a pizza quente, feita em forno de lenha, fazia-me abrir o apetite...deveria estar deliciosa! Mas à minha esquerda, o menú também cobiçava o meu olhar...sushi...wasabi....oh o meu amigo wasabi....que saudades!!!!!!!
Estava prestes a desistir da resistencia em ficar ali a jantar.
Mas tinha outros planos, alugar um filme e vê-lo no corforto da minha casa.
Voltei para casa com dois filmes na mão. Babel e A casa da Lagoa. Dois excelentes filmes, com estilos diferentes, com realidades diferentes...realidades bem diferentes....

Uma quinta-feira, um dia que tinha começado desastrosamente mal, terminava agora serenamente bem.

Na manhã seguinte fui, de imediacto, ao Jardim Marechal Carmona, tentar salvar os meus óculos. Não poderia correr o risco de os perder. Havia a forte possibilidade de uma pretenciosa e vaidosa pata, que por ser a Viscondessa da lagoa, tomar os óculos como seus...lol...
Dirigi-me ao primeiro jardineiro que vi. Deslocava-se num trator agricula, acompanhado por um jovem jardineiro. Ofereceram de imedicto os seus préstimos. A lagoa não era funda, diziam eles, e se fosse necessário, entrariam de galochas na água verde, até que os óculos fossem encontrados. Estavam dispostos a dar o seu melhor. Felizmente eu sabia onde é que eles tinham caído, e como eram pesados, pedia a Deus que se mantivessem inertes.
Com o auxilio de uma pá de jardinagem, foram resgatados à primeira tentativa.
Excelente! Era uma mulher de sorte!
Estavam cobertos de limos. Tadinhos.
Agradeci imenso ao jardineiro que se sentia orgulhoso da sua pericia de salvamento, e fui-me embora.

Uma tarde repousante na praia me esperava. Até lá um simpático almoço no bar dos gémeos se decorreu...

Mudanças subitas para o jantar de sexta, mas compreensivas e necessárias, fizeram-me alterar os planos da noite. Esta, tornou-se muito agradável...Agradável mesmo. Jantar com dois dos meus melhores amigos, acompanhada pelo maravilhoso wasabi, fizeram-me sorrir e rir, esquecendo-me do dia anterior e, dos percursos torduosos que se passavam na minha vida.
Fomos de seguida para um barzinho muito simpático no Bairo, o Artis. Que ginginha deliciosa!!!
A brincalhona da Diana, na troça, troca-me o copo sem que eu tenha percebido. Dou um gole no moscatel dela, que, mesmo sendo um licor doce, comparado com o doce da minha ginginha, parecia limão...AHAHAHAH...ria ela despegadamente....
Às 2h da manhã, mesmo a conversa sendo boa, o cansaço já se notava no rosto. Tinha de ir para casa descansar.

Hoje, prestes a ir ao Hospital para saber o que de facto tenho, não quiz deixar de registar estes meus dois desastrosos e maravilhosos dias, que ficarão registados na minha memória até que Deus queira, e agora, registados aqui, neste mundo cibernético, até que a tecnologia permita :-)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

IREI CONSEGUIR

Hoje iniciei o meu dia muito bem disposta.
As pessoas com quem me cruzei ao inicio da tarde, fizeram-me perceber que não eram encontros casuais. Estavamos ali, naquele lugar e àquela hora por um ou por vários motivos muito especificos. Uns sorriam, outros estavam mais tensos...esses estados de alma faziam parte das vivências de cada um.
Uma senhora estava muito tensa e não se sentia muito bem. Eu percebi a sua anciedade e dei-lhe a minha vez. Não tinha pressa, além disso estava a ler o último capítulo da Profecia Celestina, que falava das relações humanas. Vinha mesmo a calhar...Ela sorriu e agradeceu-me. Quando saiu, deu-me dois beijinhos. Estava visivelmente bem disposta. Senti-me feliz por ter contribuido na diminuição do seu sofrimento. Praticamente soube identificar as mensagens que me passaram e que lhes passei. O meu interior sorria, fazendo-me sentir bem como pessoa. Senti que faziamos parte do mesmo circulo e que todos caminhavamos na mesma direcção. A direcção da elevação do Ser Humano. Faziamos por nós e pelos outros.
Este estado de graça, que deveria ter-se perpectuado todo o sempre desapareceu, mesmo que eu tentasse mantê-lo dentro de mim.
Uma noticia que não esperava desfez a alegria que sentia.
Cirurgia? Pode ser necessário operar?
Mas se não têm a certeza do que é, porque é que me assustam com a possibilidade de cirurgia?
Para me acalmar, tentando obter o máximo de informações possíveis sobre a doença: causas, tratamento... dei comigo a ter pena de mim mesma.
Interrogava-me culpabelizando-me do que me acontecera.
Porquê? Porque é que isto me está a acontecer?
E agora o que deverei fazer para manter a calma?
Tentei não pensar mais no assunto.
Tudo se iria resolver, dizia para mim mesma. Mas por dentro gritava de dor e de inconformidade. O meu coração parecia estar apertadinho.
Mesmo tendo o grande apoio da Diana, que me conhece muito bem e que me pergunta sempre: "como estás hoje?", não era suficiente.
Estava com medo e sentia-me uma criança com medo do desconhecido.
Eu sei que tudo se vai resolver...mas até lá...estou a viver um momento novo na minha vida que me assusta!
Odeio doenças!
Ainda não tive coragem de contar aos meus pais. Talvez amanhã quando estiver com eles. Tenho receio da reacção da minha mãe. Talvez seja melhor ainda não dizer nada, não a quero preocupar. Direi quando tiver a certeza de tudo. Se é mesmo o que se viu ou se é apenas uma irregularidade.
Porquê?????
Tenho medo! Estou com muito medo!
Por norma sou uma pessoa corajosa, positiva, que dá o melhor que tem aos seus amigos e por sua vez a mim mesma.
Tive de escrever este post para exorcizar este medo, esta inconformidade, esta RAIVA CONTIDA!
Se isto me está a contecer, tenho de tirar uma lição disso, nada é por acaso.
Vou conseguir ultrapassar este estado de medo.
Enquanto a minha médica não responde à minha sms de SOS onde pergunto o que deverei fazer, vou-me acalmar, vou lutar por mim e vou conseguir!
Eu mereço estar bem.
Eu vou conseguir!
Afinal de contas... a vida continua bela lá fora e ainda tenho muito para fazer !
:-D

domingo, 5 de agosto de 2007

CAMIÑO DE SANTIAGO




Dia 3 de Agosto fez um ano que iniciei um novo caminho na minha vida. O caminho de Santiago de Compostela, que ainda hoje se faz dentro de mim.
"El camiño se hace caminando" a pé por entre montanhas, estradas, montes e vales, guiados sempre pelo símbolo de Santiago: A vieira pintada a amarelo.

O Caminho francês fiz eu, iniciando em St. Jean Piede de Port até Ponte de la Reina, retomando em Sárria com destino Santiago de Compostela. Com muita pena minha, não dispunha de um mês inteiro para fazer os 800km.
Estados de alma e corpo replectos de amor, compaixão, fraternidade, amizade, partilha, dor e cansaço fisico, delírio, espiritualidade, crença, alegria, emoção...
Durante aqueles dias, em toda a plenitude possivel de existir, senti o elo de união entre o meu corpo, energia e alma, que formam o meu ser.
Pela primeira vez na vida soube o que era superar o cansaço físico. A intervenção directa de Deus na minha alma, conduziu-me sempre até ao próximo abrigo.
No 4º dia, ao fim de 5 horas debaixo de sol intenso, sempre a caminhar, o calor que emergia do solo era tão intenso, que a planta dos pés latejava de dor, dificultando o trajecto que ainda tinha de percorrer. O cansaço físico era tremendo, dificil de se suportar. Uns metros mais à frente, num cansaço físico extremo, encontrei-me sozinha na estrada sem ver vivalma. Os meus companheiros de caminhada tinham desaparecedo. A estrada de terra à minha frente parecia interminável. Atrás de mim, levantavam-se ondas de calor que desfocavam o caminho. Por momentos pensei "morri e entrei noutro mundo". Continuando a caminhar lentamente sem saber o que me esperava, ouço uma voz familiar ao longe chamando por mim. Regrido no tempo percebendo que ainda estava neste mundo que conhecemos. Lembro-me de ter esboçado um sorriso que se desfez de imediacto.
-"Ana....onde é que já vais?....volta para trás!" gritou o meu companheiro ao fundo.
«Voltar para trás? Pensei eu... já andei isto tudo e custou-me tanto...»
Mas lá voltei, pé ante pé, até junto de uma clareira replecta de luz. Estavam a preparar o almoço. Enquanto comia devagar, observava a vegetação à minha volta. Tudo parecia iluminado e com uma luz divina. As diversas tonalidades de verde brilhavam intensamente. Tinha a sensação de que tinha chegado ao paraiso. Adormeci de cansaço.
Cerca de quinze minutos mais tarde fui acordada pelos meus companheiros. Não podíamos perder muito tempo pois muitos km haviam a se fazer.
Revigorada, caminhei estrada fora, conversando, rindo e comentando o quanto era belo o caminho e as pessoas que, tal como nós, ali passavam. O paraíso, perpectuava-se estrada fora até Santiago. Muitos km e longos dias pela frente se avistavam. Tinha de conseguir. Tínhamos de conseguir.
6L de água bebidos durante o dia, amendoins com sal e açúcar, barras de leite condensado, fruta, e proteínas ajudavam a dar mais um passo sem delírio, mantendo os pés na terra.
A natureza parecia cada vez mais bela... De autênticos desertos, passávamos para bosques encantados, que à noite pareciam-se tomar formas humanas.
Em transe... todos os últimos 8 km de cada dia eram feitos em estado de transe. Seguia em frente, sozinha, entoando mantras, reprogramando o corpo e pedindo a Deus que me ajudasse a avançar com mais um pé. Aqueles momentos eram mágicos. Parecia que era levada num portal do tempo. Quando voltava ao meu estado desperto, percebia que o próximo albergue já estava perto. No fim de cada percurso, agradecia a Deus por me ter acompanhado sempre.
Chegando ao albergue, que nem sempre tinha vagas, só desejava ter uma cama para dormir e um duche para tomar.
Nem sempre foi possível dormir em camas. O chão e sofás duros serviam perfeitamente para descansar o corpo dorido. A alma, esta no dia seguinte estava fresca e pronta para enfrentar mais 30km. O corpo, no inicio de cada dia doía um pouco, mas rapidamente se restabelecia.
Mas o melhor do Caminho não é apenas isto.
São as dádivas humanas que se estabelecem.
Desde o primeiro dia, damos o que temos sem nos pedirem, dãos-nos o que têm sem estarmos à espera e sem pedir nada em troca.
O objectivo não é chegar ao fim da viagem, a Santiago, e receber a Apostilha. O objectivo da viagem é caminho espiritual que se faz.
É saber olhar para o outro como irmão, igual a nós, com os mesmos direitos.
Não há estatutos sociais, idades, sexos.
Há apenas partilha, fraternidade, compaixão e muita humildade
Isso é o mais importante.
Este caminho foi e será sempre uma viagem interior para a eternidade.
Se Deus quizer, estarei lá novamente para o ano que vem. Dessa vez, para fazer os 800Km com uma semana de voluntariado num albergue de peregrinos.
Desejo que façamos sempre “un bon camiño”.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

WITH LOVE

Partir para longe, à procura de melhores condições de vida...
Sinto-me nostalgica a pensar nesta possibilidade.
Enquanto se aproxima o momento da partida, o coração aperta e aparece um pequeno nó no estômago que faz doer na alma. As pessoas de que gostamos e que passámos bons momentos na vida surgem no pensamento com muita intensidade e frequência.
O tempo pára por segundos e só desejamos dizer-lhes o quanto são importantes na nossa vida, que mesmo estando longe, elas estarão sempre presentes no nosso coração...
Mas constatamos que não sabemos transparecer esse elo de amor e damos conta que entrámos em PRÉ-SAUDADE.
"Tur me on in your heart. I will wait you come home one day. Until than, you will live always in my life!"
I hope you tell me that one day.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

12:21 - CAPÍTULO I

Acordei com a sirene de emergência de recolhimento.
O meu coração batia forte. Tinha a sensação de que me queria saltar do peito.
Olhei para o lado e vi-a deitada a dormir num sono tranquilo.
Tinha de a acordar.
Tinhamos que sair dali o mais depressa possível.
Mas ao olhar para ela, ali, deitada ao meu lado, parecia que tudo à nossa volta estava em paz. A tranquilidade que emanava, apodereou-se do meu corpo e mente.
Também eu fiquei tranquilo e passional.
Por segundos, esquecera-me do tempo.
Aquele estado de contemplação foi quebrado por três fortes pancadas na porta da frente.
Era Simão.
O alerta não era falso.
Tinhamos de sair dali, senão, toda a missão ficava em risco.
Peguei-a ao colo e corremos porta fora.
Simão vinha ao meu lado.
- Já está tudo preparado - dizia-me ele. - Todos vos esperam para partirmos.
A rua estava deserta. Não se via vivalma.
O som era ensurdecedor. As sirenes não paravam de entoar o sinal de alerta.
Enquanto corriamos o mais depressa que conseguiamos, Nikra acordava lentamente nos meus braços.
O seu olhar era belo.
Olhou-me no fundo dos meus olhos e disse-me:
- Chegou o momento. Estou pronta.
Sorrimos um para o outro. Ambos sabiamos que tudo estava prestes a mudar na vida de todos para sempre.
Mas corriamos riscos. Não podiamos perder tempo.
- Nikra - disse-lhe eu - chegámos. Os nove elementos já estão colocados. Faltam os nossos três. Simão veio-nos buscar.
Coloqueia no chão, mesmo em cima do seu portal de entrada.
Dirigi-me para o meu.
Simão, situado por cima do seu portal, desenhou no espaço o sinal de entrada.
Entraramos no portal Kirlian.
- Sejam bem vindos irmãos - disse Wheepky. - Os nove mensageiros esperam-vos. Está tudo a postos.
- Já receberam o novo sinal? - Perguntei-lhe um pouco nervoso.
- Delfrus, o que se passa contigo, sentes-te bem? - Perguntou imediatamente Wheepky.
- Sinto-me um pouco nervoso. O campo vibratório está elevado. Já não me lembrava que era assim. - Sorri-lhe.
Comecei a sentir-me mais tranquilo e em paz.
- Venham atrás de mim - disse Wheepky, indicando-nos o caminho.
Wheepky fora escolhido por Warlov, o Supremo Ser de Luz Secreto do Planeta Nublose, ainda com seis anos de idade, por representar o amor incondicional, a compaixão, a fraternidade e a paz da futura humanidade. Seus pais, dois seres de luz, tinham falecido numa emboscada preparada pelos Crécrevos há quinze anos atrás.
Wheepky tinha completado esta noite vinte e um anos de idade.
- Chegámos -Disse-nos Wheepky, digitando o código que abria a porta em forma de Triskle. -Warlov espera-vos.
Nem cabia em mim de tanta alegria. Iria ser-me dada a honra de conhecer pessoalmente o Supremo Ser de Luz.
Lá dentro encontravam-se os nove mensageiros vestidos todos com o manto branco de Kirlian.
Por de baixo do manto envergavam as armaduras de Warlov.
Ficámos por segundos pedrificados. Sentia o sangue a gelar-se nas minhas veias.
Warlov, de pé, localizado no centro da sala, olhou para nós fraternamente. O rosto de Warlov parecia-me familiar. Impossível dizia para mim mesmo. Só poderia estar a ser atraiçoavo pelos meus pensamentoe e desejos de conhece-lo pessoalmente. Foram tantas as noites que sonhei com este encontro. Era impressão minha, dizia vezes sem conta até me auto-convencer.
-Warlov - gritou Nikra, correndo para os seus braços.
- Neferata, como estás? - Respondeu Warlov. - Não te via há tanto tempo. Sê bem vinda. Esta é a tua casa.
Era impossivel esconder o meu olhar de espanto. - Neferata? - dizia eu baixinho para mim mesmo. Como é que é possível?
Neferata era um Ser de Luz do Planeta Nublose. Filha de Warlov e de Fénix. Tinha o poder de assumir várias formas fisicas, de morrer e voltar a renascer tal como sua mãe, ficando cada vez mais bela.
- Nikra - susurrei com a voz trémula.
Neferata olhou para mim sorrindo-me tal como Nikra me sorria.
- Delfrus - respondeu ela. - Eu sou, Nikra, a tua esposa. Neferata é a minha entidade karmika.
- Não estou a compreender - repondi-lhe. - És filha de Jonh Davis, o Ser de Luz.
- Delfrus - entuou Warlov com a sua voz grave de elevado Ser de Luz. - Chegou o momento de saberes a verdade.
Engoli em seco. Tinha um nó na garganta. Os meus pés e mãos gelaram.
Olhei para Nikra como se a estivesse a ver pela primeira vez. Amor, era o que eu sentia por ela. Amá-la-ia para sempre, quem quer que ela fosse.
O olhar que Nikra me dirigia era doce e meigo. Via no seu olhar a expressão de amor.
Warlov dirigiu-se para mim. Colocou-me a mão no ombro e levou-me até ao encontro de Nikra que permanecia no centro do sala.
- Eu sou Warlov, o Supremo Ser de Luz do Planeta Nublose e também Jonh Davis, o Ser de Luz para os que vivem no Planeta Terra.
O meu rosto abriu-se com um grande sorriso como se tudo agora fizesse sentido.
Faço um flashback até à minha infância.
John Davis era o melhor amigo do meu pai. Ambos pertenciam a uma sociedade secreta a que chamávamos de Triandade.
Quando completei vinte e um anos de idade, o meu pai fez questão de me apresentar a filha de John Davis, Nikra, que tinha a minha idade. Dizia que iria perceber mais tarde.
Foi amor à primeira vista.
Voltei a mim quando Nikra me segurou a mão direita dizendo: - Delfrus, está na hora.
Agora percebia que Warlov vivera entre nós como John Davis para se certificar que a escolha dos doze mensageiros do Portal 12:21 era feita pelos verdadeiros seres de luz e não pelos Crécrevos, seres das trevas que se faziam passar por seres bons.
Nikra, agora Neferata, eu e Simão, vestimos o traje destinado aos doze mensageiros, tal como fizeram os outros nove irmãos de luz.
Posicionámo-nos em circulo.
Ao centro estava Warlov e Wheepky.
Estávamos prestes a iniciar a descodificação da primeira mensagem.
A primeira mensagem de doze, para toda a humanidade.

domingo, 22 de julho de 2007

12:21 - PRELÚDIO

A nave aterrou.
No solo estavam à minha espera novos seres de luz.
Senti paz.
O portal do tempo fechava-se atrás de mim.
Desliguei os comandos.
Levantei-me tranquilamente e diriji-me para a porta de desembarque. Não se ouvia nada. Nem o bater do meu coração. Apenas sentia o meu corpo quente.
O portão abriu-se lentamente.
Uma luz intensa mas fria iluminou o meu rosto que se transfigurava.
Todo o meu corpo se transformava, adquirindo novas formas.
Olhei em frente.
Dois seres vieram em minha direcção fazendo-me sinal para avançar.
Caminhei para junto deles.
À minha volta fez-se um circulo.
Todos entoavam um mantra de sons metalizados.
Do solo começaram a brotar luzes celestiais que se dissipavam verticalmente no cosmo.
O meu corpo começou a vibrar. A vibração era cada vez maior até que perdi o controlo sobre o mesmo.
A minha mente era agora controlada pelos seres de luz. Eles detinham o poder.
Visualizavam as minhas memórias, tudo o que tinha vivenciado antes.
Doze mensagens foram-me passadas por cada um deles.
Mensagens codificadas que só poderiam ser descodificadas quando os doze mensageiros se reunissem em volta do portal da sabedoria universal.
O meu corpo e a minha mente permaneciam em transe.
Uma abóboda de luz formava-se no céu celestial.
Nove cones de luz circundaram aquele circulo fechado fazendo emergir do solo nove pequenas esferas metálicas abertas, que se assemelhavam a pétalas de flor.
Cada uma delas projectava, na abóboda de luz ,uma brilhante luz colorida.
O som vibrante entoado por aqueles seres de luz era cada vez maior.
Sentia o corpo todo a vibrar.
As cores assumiam agora tonalidades cada vez mais fortes e mais densas.
Os espectros de luz colorida começavam a descer lentamente da abóboda, e em movimentos circulares, através da base da minha coroa central, canalizavam-se em zonas especificas do meu corpo.
Pertencia a uma outra entidade superior, à qual ficaria ligada para sempre.
Aquele momento pareceu eterno, como se o tempo tivesse parado.
Aos poucos, os mantras começaram a entoar-se mais baixo, até que um novo silêncio se fez ouvir.
O meu estado de vibração corpóreo e mental tornou-se também mais lento.
Voltara a sentir o meu corpo e a ter domínio sobre o mesmo.
Sentia-me leve, energizado e em paz.
Mas tudo agora era diferente.
A missão era específica.
Tinha-se iniciado a abertura de um novo portal: 12:21
Doze mensagens
Doze mensageiros
Doze lugares
Doze portas de um só portal,
para uma só humanidade.

sábado, 21 de julho de 2007

O CAMINHO PARA A SERENIDADE I

Seria mais construtivo se as pessoas tentassem compreender aqueles que crêem ser seus inimigos. Aprender a perdoar é muito mais útil do que apanhar uma pedra e atirá-la ao objecto da nossa raiva, sobretudo quando a provocação é extrema. É nas maiores adversidades que existe o maior potencial para fazer o bem, tanto para nós como para os outros.

Devemos perceber que mesmo que os nossos adversários pareçam prejudicar-nos, no fundo, essa actividade destrutiva só os prejudicará a eles mesmos.

Quando surge um problema, tentemos continuar humildemente, mantendo uma atitude sincera preocupando-nos com que o resultado seja justo. Claro que os outros podem aproveitar-se de nós, mas se mantivermos o nosso desapego, isso apenas encorajará a uma agressão injusta. Adoptemos uma atitude forte. No entanto, isso deve ser feito com compaixão. Se for necessário expressar os nossos pontos de vista e tomar contra-medidas fortes, devemos fazê-lo sem ódio nem qualquer má intenção.

A compaixão é o método e a sabedoria. É a perspectiva filosófica para compreender a realidade.

Quando se trata de fazer algo que é correcto, o tempo não importa, contanto que cada dia da nossa vida seja útil.

A palavra "último" pode ter dois sentidos. Umas vezes refere-se ao objecto de negação, algo a ser refutado. Outras vezes pode referir-se à sabedoria que se deve gerar.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

PORQUÊ?

18 de Julho de 2007. 00:34h.
Vivemos num país em que todos falamos a mesma língua, conhecemos os nossos visinhos, aos quais cumprimentamos com um"bom dia", temos dó de acontecimentos desumanos e somos solidários com os demais.
Mas porque é que somos crueis com aqueles que são nossos amigos?
Faz algum sentido?
Porquê? Porque é que se vivemos num país em que todos falamos a mesma língua, conhecemos os nossos visinhos, aos quais cumprimentamos com um"bom dia", temos dó de acontecimentos desumanos e somos solidários com os demais, porque é que mal tratamos quem conhecemos, quem nos apoiou em momentos difícies, quem nos acolheu em suas casas dando-nos abrigo e alimento, nos acariciou quando precisavamos ... ?
Porque é que se diz mal do outro com tanta facilidade e na maioria das vezes se mente? Porque é que quem ouve não tenta ver a verdade? Porque é que condena onde não tem de condenar?
Para onde é que estamos a caminhar?
Tanta revolta, tanta desconfiança, tanto rancor, tanta opressão..... estou cansada de tudo isto!
Será que um dia acordaremos deste temor que se está a tornar num tumor?
Espero que sim! Espero que amanhã seja o primeiro dia de um novo olhar para o próximo, para a sociedade, para o mundo.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

DESCOBERTA DO AMOR PELO TEATRO

















Faz hoje precisamente uma semana que subi ao palco, acompanhada por excelentes colegas que ficarão na minha memória para sempre, na brilhante peça intitulada "O Trapésio na Arte do MusicHall", encenada por Florbela Oliveira, grande actriz e talentosa encenadora.
Já por várias vezes tentei escrever algo, sobre o que de fantástico aconteceu na minha vida। A DESCOBERTA DO AMOR PELO TEATRO.

Algo me impedia. A minha mente apenas permitia que escrevesse aqui e ali um comentário, um elogio, um registo de saudade em blogs e hi5 de colegas que se tornaram amigos par sempre!
Agora percebo o que me impedia de o fazer... era a saudade, o não querer acreditar que tudo já acabou... recusava-me a acreditar que tudo já fazia parte do passado.
Passado que permite que hoje seja uma mulher diferente.
Tudo começou numa sexta feira de Inverno.
A Flobela e o Nelson não cabiam em si de tanta alegria.
Eramos ainda poucos na sala. Colegas estavam prestes a chegar, mas a aula tinha de começar...o entusiasmo por parte de todos era tão grande que os nossos rostos não escondiam a alegria que brotava dentro de nós.
O primeiro exercício... "o espelho".
A pares, tinhamos que seguir os gestos do colega que estava sentado à nossa frente, sempre olhando-o nos olhos.
Iniciei o excercício com o Prof. Nelson.
Chega um colega novo.
O João Gonçalves.
Sentou-se á minha frente e fez o exercício comigo olhando-me fixamente.
Ao som de uma composição musical mágica, o momento tornou-se mágico!!!
Naquele momento eramos um só. O espelho um do outro. E assim se perpectuou quase sempre!
Apresentámo-nos todos.
Improvisámos, rimos e à noitinha, antes de ir embora, desejávamos ficar lá ainda mais três horas.
Assim foi durante semanas.
Viviamos a pensar na sexta feira, em que nos encontraríamos para explorar-mos mais e mais o que estava escondido e adormecido dentro de nós.
Fomos ficando mais ricos com a entrada de novos elementos. A Diana, a Ana, a Célia...Amigos que ainda se tornaram mais amigos...e colegas que hoje são amigos!
A aula da "cara branca", a aula do dramatismo, do amor, da comédia...
QUE SAUDADEEEEE!!!!!!
Ri, chorei, senti raiva, amei, amei, amei, amei...
Hoje sinto a falta de tudo! Até dos gritos, do stress, do desespero! Também sinto falta disso tudo. Tudo isso fazia-me sentir viva e dáva-me luta. Luta por querer alcansar o que queria.
Três dias finais. O fim de um novo começo.
REPEAT...é o que me apetece fazer ao som da nova música do The Gift!
Repetir tudo de novo com vocês todos! Todos! Todos!
Três dias fenomenais...
Seis meses resumidos em três dias, que me orgulharei de relembrar para sempre!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

SERENIDADE

O fim de tarde de ontem...
que tranquilizante!
Que paz!
A minha primeira visita ao Centro Português Budista foi brindada com a visita de um monge português.
Depois de meia hora em meditação em silêncio, onde a minha mente me mentiu fazendo-me adormecer, seguiu-se um lanche delicioso.
Os ensinamentos de vida que nos foram passados, a paz universal, o amor incondicional pelos outros...tanta paz...tanta serenidade!
Um encontro que era para ter terminado às 21:00h, terminou depois das 22h.
Ninguém queria quebrar essa ponte de paz.
Meus amigos, deixo-vos o pensamento diário de 11 de Junho, escrito pelo Mestre Dalai Lama, no seu livro " O caminho para a serenidade".

" A culpa tal como é experimentada na cultura ocidental está ligada à falta de esperança e ao desencorajamento, relacionando-se com o passado. Em contrapartida, o remorso autêntico é um estado mental saudável - relaciona-se com o futuro, com a esperança, e leva-nos a agir, a mudar."

Caminhemos para a serenidade todos juntos :-)

sábado, 7 de julho de 2007

FÉNIX

Renasci!!!!
vou viver...viver com prazer porque não sei se amanhã cá estarei. Hoje sei que estou e sinto-me feliz!
Feliz porque sinto-me viva...feliz porque me amo...feliz porque amo os meus amigos... feliz porque estou pronta para amar de novo e cada vez mais!!!!
Espero sempre um amanhã e acredito que será mais um prazer.
Criar algo de novo, repetir o que gostei de fazer, mas de maneira diferente para que seja um outro prazer único, que fica resistado no tempo e na memória.
Memória...passado que não volta, registado algures no tempo para a eternidade.
Hoje...que me importa o que serei...quero é viver!!!!!
Amanhã...interessa-me o que está para vir...quero descobrir o amanhã e ser cada vez mais feliz!
Renasci!!!!

domingo, 24 de junho de 2007

TRISKLE - a menina, a rapariga, a mulher

Se eu fosse uma uma composição musical, seria sem dúvida esta:

A primeira vez que ouvi este soundtrack, senti que a minha alma já o conhecia desde sempre... :-)
"Era uma vez uma menina muito timida, que brincava sozinha com as suas bonecas e carrinhos de linhas. Dali, construia histórias de encantar...
Certa vez, olhou para fora da janela do seu quarto estrelado e percebeu que a lua lhe sorria. Era lua cheia. A lua segredou-lhe que estaria ali, sempre junto dela para toda a vida. Sempre que a lua desaparecia, a menina sabia que ela continuava lá, só que naquela altura estaria a embalar outros meninos que moravam mais longe, e que, tal como ela, também tinham a lua como sua amiga e confidente.
A menina cresceu e tornou-se numa rapariga destemida, mas por dentro, continuava com a mesma inocência e confiante na bondade das pessoas, achando que todas tinham um lado bom na vida.
Caiu várias vezes, demais para o seu gosto. Essas quedas deixaram-lhe marcas para toda a vida, quer físicas, quer emocionais. Mesmo assim, ela continuou sempre a olhar em frente e com determinação. Para ela, as pessoas continuavam a ser lindas, embora receasse de algumas delas, pois presenceava cada vez mais, crueldade e maldade no mundo.
Cresceu e tornou-se mulher.
Por vezes, lembra-se da criança que foi em tempos com carinho e saudade, pois o que é hoje, deve-se em parte à criança que foi em tempos.
Continua a brincar despreocupadamente, por vezes até de mais para a maioria das pessoas, que não a compreendem. Seu estilo de vida é desprendido, acreditando que cada um talha o seu presente e futuro. Se os imprevistos acontecem, é porque tinham de acontecer, e tenta tirar sempre uma lição de vida disso.
Ama apaixonadamente a vida, querendo vive-la sempre até que Deus lhe proporcie outra.
Mas essa mulher, por ser mulher humana, também se revolta, enraiviza-se e luta por uma justiça quase perdida, tendo fé em si e nos outros, mas principalmente em Deus, seu criador e pai, que nunca a abandona, mesmo quando ela pensa estar só.
Transtorna-a as injustiças, as incompreensões e a falta de amor que existe pelo próximo.
Esta, outrora criança, rapariga e agora mulher, é uma só, com um desejo enorme de amar e ser amada.
Amor incondicional por ela e pelo próximo, é a palavra de ordem na vida dela. Sem amor não seria a mesma. Sem amor, não seria ela."
Triskle

segunda-feira, 18 de junho de 2007

CHASING DREAMS


Se eu largasse tudo
Se eu desaparecesse
Se eu morresse
...
Estes três actos ajudar-me-iam a esquecer do mundo!?
Desaparecer
Desaparecer
Desaparecer
de todos, de tudo, de mim
Começar de novo
começar uma nova vida
um novo ser
um novo pensamento
o que sou eu?
o que era antes?
o que serei amanhã?
onde estarei?
Não sei.
Se calhar no mesmo local, mas se calhar, noutro bem melhor.
Leva-me contigo!
Leva-me para um mundo melhor!!!!!!
Se não me levares, só me resta sonhar contigo e pensar que um dia,
serei novamente FELIZ!

domingo, 10 de junho de 2007

NÓS, VÓS, O HOJE E O AMANHÃ DE UMA NAÇÃO


"Bom dia comunidade" já dizia o nosso amigo Carlinhos Brown numa das suas músicas dos Tribalistas, e hoje acordei como se tivesse o Mundo nas minhas mãos!
Este bom dia, é um dia muito especial! É o dia de Portugal. Data da morte de Luís de Camões. Esse grande poeta português que imortalizou as gloriozas conquistas de Portugal, talhadas com derramamento de sangue, que a igreja Católica, em dita Missão Cristã, apoiou e instigou, para que novas almas renascencem em nome de Deus.
Nada acontece por acaso. Depois de ter vivido um dia ZEN, todos os acontecimentos vivenciados nesse mesmo dia fizeram-me reflectir sobre o estado de arte do mundo moderno.
Durante a noite, enquanto descansava o meu corpo e mente num sono tranquilo e repousante, infelizmente, muitos outros seres, crentes ou não de Deus, morriam e adoeciam devido a factores adversos e externos a eles próprios, causados provavelmente por fundamentalismos religiosos utópicos ou por idealismos hipócritos.
Esta manhã, depois de ter relido o magnifico POST intitulado "Paz?!" da minha adorável e corajosa amiga Diana (http://umdiadecadavez-diana.blogspot.com/), não quiz manter inerte os meus pensamentos perante tais acontecimentos, embora saiba de ante mão, que muito pouco posso fazer contra eles.
E como nada acontece por acaso,residindo num Planeta chamado Terra, filha de um País, uma Nação chamada Portugal, será sobre esta que registarei aqui e agora o meu GRITO DE LIBERTAÇÃO! A 10 DE JUNHO, CELEBRAÇÃO DE UM PAÍS QUE AINDA EXISTE!?
PORTUGAL, este magnifico país de raízes culturais profundas, está a sofrer, desde de há muito, de uma mutação epidémica psicotransposossial que nos levará a um fim nefasto quase irreversível. Esta mutação deve-se em parte à acreditação de uma globalização económica europeia, cuja teoria nos leva a crer que somos um só. Um só, uma quase família que nos quer bem, constituida actualmente por 27 estados membros, ditos irmãos, que na prática nos lidera e monopoliza por intermédio dos países ditos "irmãos" economicamente mais fortes.

A meu ver o "MAL DA NAÇÃO PORTUGUESA" começou por algo muito simples, mas também muito destrutivo, que ainda reside no cerne cultural: A FALTA DE AUTO-ESTIMA que cada um de nós instiga no seu subconsciente e que, sem se aperceber, repassa para a sociedade globalizante contemporânea.
O estado de alma de "coitadinho" que o português adora explanar faz com que mereçamos os políticos que temos, pois nada fazemos e nada contribuímos para sair deste estado psicótico e normótico.
De "coitadinhos" passamos rapidamente a excelentes anfitriões, pois desejamos intensamente ser reconhecidos, contemplados e amados por quem vem do exterior.
Lembremo-nos sempre que somos boa gente, com boa alma, principios e costumes! Não temos que ter vergonha de nós. Devemo-nos amar em primeira instância para que os outros nos possam amar e respeitar de seguida!
Está na hora de pararmos de olhar para o chão e para o próprio umbigo. Olhemos em frente e com orgulho, pois temos talento e um desmedido orgulho de pátria histórica. Chega de olhar para o passado. D. Sebastião não chegará para salvar Portugal. Está nas mãos de cada um de nós consegui-lo.
Se seguirmos a máxima da lenda hindu do colibri, que é, se cada um de nós colocar uma gota na floresta que está a arder, apagaremos o fogo, e todos juntos, construiremos um novo e melhor habitat. Se não o fizermos, se quase todos fugirmos, a floresta acabará por ser devastada pelas chamas intensas, e junto dela, morrerão e ficarão esquecidos todos aqueles que permaneceram e que lutaram por ela.
SEJAMOS ACTIVADORES DO BEM E CONSTRUAMOS O CAMINHO PARA A PAZ UNIVERSAL !

MAGNIFIED HEALING


















Mestres de luz
KODOISH
KODOISH
KODOISH
ADONAI
TSEBAYOTH

Estado de purificação espiritual, mental e física.
Nove passagens de Paz! Poder! Amor! Unidade! Sabedoria! Alegria!
Nós somos A Celebração!

KODOISH
KODOISH
KODOISH
ADONAI
TSEBAYOTH

sábado, 9 de junho de 2007

ESTASIANTE, MAGNETIC E CLARO...DR. AGULHAS :-D

São 3:53 da manhã mas não resisti em escrever sobre o meu dia.
Que dia!!!!!
Estasiante em tudo, ou quase tudo! Começo a achar que eu sou estasiante :-) e será isso mau? Nahhhh....muito bom até, se não levar a extremos... e se levar, é porque tinha de ser...LOL
Lavada a matricula à mangueirada na Estação da Repsol da Parede às 3:20h da manhã...não vá o "D" tecelas (este "D" não é a Diana embora lhe chame de Diabinho bom :-P) o carro está pronto para andar diz o Dr. Agulhas para os mais íntimos, Sr. Cid para os mais formais.
Estará? Nem me atrevo a pegar nele...Vou deixa-lo dormir este fim de semana, a recuperar do banho que levou e quando o "Primo" Açoreano Afonso chegar, logo me aventuro pelas estradas portuguesas.
Magnetic foi o jantar, a conversa e as 10 cervejolas que o João Duarte pediu. Das 10 vieram 2, 1 paga e uma 3ª prometida mas que nunca chegou à mesa :-D (oi... dizia o brasuca do empregado e o café chegou porque o João deu aso às suas cordas vocais)
Há e tal...se alguém chegasse de fora e ouvisse (.1.) Há e tal...se alguém chegasse de fora e ouvisse (.2.) Há e tal...se alguém chegasse de fora e ouvisse (.3.) Ninguém chegou, ninguém ouviu mas se ouvissem seria digno de caderninho! Uma vez mais, Eu, a Diana e o João acabadinhos de se conhecer tortuliámos sobre o que mais nos fascina...e perguntam vós o quê?
ora...a natureza humana, animal e espiritual. A malaguetazinha da conversa era sempre instigada pela escorpião com juba de leão armada em touro, acusada sempre pelo peixe que morre de amores pela idealista do aquario, e pela carangueijo que além de já ter duas pinças ainda tem duplo rabo de escorpião. Mas a culpa era sempre da escorpião diziam eles LOL é o instinto! LOL
Mas bom bom é acordar bem cedo (8:30h) para ir para a aulinha de teatro,
Mas antes disso, bom é sonhar com os amigos de uma vida:-) Um beijo para vocês meus amores!!!!

sexta-feira, 8 de junho de 2007

MUSE MY SELF IN POEMS


Nos teus olhos
Vejo um dia de Verão
Que me alegra o sentimento
E o coração
No teu rosto felicidade
No teu carinho emoção
Frutos da simpatia
Que desperta a paixão
Simples o teu desejo
Em palavras escondido
Como um sentimento que se mostra
Num tranquilo sentido
Das tuas mãos sai magia
Dos teus lábios ternura
Do teu ser alegria
Que mata qualquer amargura

(By Nuno Silva)

VIVER


Para primeiro Post não poderia deixar de escrever sobre o que mais gosto de fazer, que é VIVER!!!

VIVER! palavra tão cheia de significado e de amor para quem a experiencía com respeito, e ao mesmo tempo tão vazia e pobre para quem não a compreende e a despreza.

Mas deixemo-nos de tristezas e vamos falar do que relamente é bom na vida :-) VIVER é AMAR!


É saber amar-me em primeiro para que possa amar o outro como ele é.
É sentir o calor da amizade e o beijo quente de quem se ama.
É sentir borboletas no estômago quando se diz ou se ouve "eu amo-te!".
É gelar e ter a capacidade de voltar a aquecer com um sorriso nos lábios tranquilo quando nos deparamos com as aparentes crueldades e injustiças da vida.

Mas VIVER é também correr riscos bons, é quebrar barreiras que não faziam sentido existirem, é bem educar uma sociedade adormecida e sem sonhos para que esta olhe para o próximo como seu semelhante, é saber dizer NÃO às injustiças e aos actos desumanos, mas também é saber ouvir um NÃO com respeito e humildade quando erramos ou ... quando alguém quer partir...

VIVER, a meu VER é saber dar e receber a mão num acto de solidariedade e de compaixão sem nada esperar em troca.

A todos aqueles que VIVERAM e VIVEM na minha vida preenchendo-a com VIDA e AMOR para que todos os dias acorde com um grande sorriso nos lábios: ALL IS FULL OF LOVE