quinta-feira, 12 de julho de 2007

DESCOBERTA DO AMOR PELO TEATRO

















Faz hoje precisamente uma semana que subi ao palco, acompanhada por excelentes colegas que ficarão na minha memória para sempre, na brilhante peça intitulada "O Trapésio na Arte do MusicHall", encenada por Florbela Oliveira, grande actriz e talentosa encenadora.
Já por várias vezes tentei escrever algo, sobre o que de fantástico aconteceu na minha vida। A DESCOBERTA DO AMOR PELO TEATRO.

Algo me impedia. A minha mente apenas permitia que escrevesse aqui e ali um comentário, um elogio, um registo de saudade em blogs e hi5 de colegas que se tornaram amigos par sempre!
Agora percebo o que me impedia de o fazer... era a saudade, o não querer acreditar que tudo já acabou... recusava-me a acreditar que tudo já fazia parte do passado.
Passado que permite que hoje seja uma mulher diferente.
Tudo começou numa sexta feira de Inverno.
A Flobela e o Nelson não cabiam em si de tanta alegria.
Eramos ainda poucos na sala. Colegas estavam prestes a chegar, mas a aula tinha de começar...o entusiasmo por parte de todos era tão grande que os nossos rostos não escondiam a alegria que brotava dentro de nós.
O primeiro exercício... "o espelho".
A pares, tinhamos que seguir os gestos do colega que estava sentado à nossa frente, sempre olhando-o nos olhos.
Iniciei o excercício com o Prof. Nelson.
Chega um colega novo.
O João Gonçalves.
Sentou-se á minha frente e fez o exercício comigo olhando-me fixamente.
Ao som de uma composição musical mágica, o momento tornou-se mágico!!!
Naquele momento eramos um só. O espelho um do outro. E assim se perpectuou quase sempre!
Apresentámo-nos todos.
Improvisámos, rimos e à noitinha, antes de ir embora, desejávamos ficar lá ainda mais três horas.
Assim foi durante semanas.
Viviamos a pensar na sexta feira, em que nos encontraríamos para explorar-mos mais e mais o que estava escondido e adormecido dentro de nós.
Fomos ficando mais ricos com a entrada de novos elementos. A Diana, a Ana, a Célia...Amigos que ainda se tornaram mais amigos...e colegas que hoje são amigos!
A aula da "cara branca", a aula do dramatismo, do amor, da comédia...
QUE SAUDADEEEEE!!!!!!
Ri, chorei, senti raiva, amei, amei, amei, amei...
Hoje sinto a falta de tudo! Até dos gritos, do stress, do desespero! Também sinto falta disso tudo. Tudo isso fazia-me sentir viva e dáva-me luta. Luta por querer alcansar o que queria.
Três dias finais. O fim de um novo começo.
REPEAT...é o que me apetece fazer ao som da nova música do The Gift!
Repetir tudo de novo com vocês todos! Todos! Todos!
Três dias fenomenais...
Seis meses resumidos em três dias, que me orgulharei de relembrar para sempre!

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá Ana,
Deve ter sido um máximo, vejo nestas tuas palavras e nas imagens toda a energia q tens e a vontade de viver e experimentar coisas novas, outras artes, outros caminhos q conduzem a uma dimensão maior. Segue em frente. Mtos bjinhos.

Bairrista disse...

Ah, hoje vinha deixar o meu primeiro comment e deparo-me com isto! Haja qualidade! Um bem haja prima, pa komeçar:P Depois ia komentar nem eu sei bem o quê e olhei para o trapézio. apaixonei-me! Fiz, apaixonei-me por este post! Foi qualquer coisa de muito bom, não foi? Foi! Foi! Foi! Mas será, porque sinto confiança que, embora não pensasse ou quisesse muito isso, este espectáculo vai pá frente! Ai vai vai! In repeat, always in repeat! "cause the beat will change our life" dizem eles! Certo, muda, pode até mudar e muito! Mas este trapézio também mudou, mudou de certa forma uma visão bastante subjectiva do mundo do teatro! Goto, Gostei, gostarei. Mais que isso, amo! E daí querer repetir, in repeat! estes e os próximos que se avizinham! Se for com o mesmo elenco, excelente, se não fôr, não é, infelizmnte, mas como tu dizes, a vida é um ciclo, e que assim seja. Amén!
Gosto do teu blog. actualiza-o com mais frequência. Principalmente agora que nã oestou aí, e vou ter de ser informada de todo de qualquer modo. se for por aqui e com esta qualidade, ainda mlehor!
Vamos fazer, vamo-nos apaixonar!!

Autor disse...

sim... é tudo verdade... sinto o mesmo... saudade que sinto desses dias.
falta de palavras para o expressar.
No entanto está cá dentro... obrigado

Maviane Andrade disse...

Oi, não sei como encontrei teu blog, mas o fato foi que adorei o que vc falou neste post.
Sabe, é exatamente o que eu viivo hoje, a saudade dos ensaios, dos sermões, das criticas, das brigas, dos aplausos, das cortinas. Cara, foram os melhores 5 anos da minha vida. Hoje, infelizmente tomamos caminhos distintos os quais não nos deixam voltar ao palco. Mas o amor pela arte cênica é mt e só sabe quem já atuou, pq aquele friozinho na barriga não é pra quem quer não, é pra quem vive.