sexta-feira, 24 de agosto de 2007

POESIA


000000000000000000oooooooSe todo o ser ao vento abandonamos

E sem medo nem dó nos destruímos,

Se morremos em tudo o que sentimos

E podemos cantar, é porque estamos

Nus em sangue, embalando a própria dor

Em frente às madrugadas do amor.

Quando a manhã brilhar refloriremos

E a alma possuirá esse esplendor

Prometido nas formas que perdemos.


Triskle in Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O ONTEM, O HOJE E O AMANHÃ NA AMIZADE



A noite de ontem tornou-se mais jovem. Recuou 26 anos.
Recuou até à minha infância.
Que bom voltar a estar com amigos que não se viam há 2 anos, 15 anos, 24 anos.
A noite de ontem foi abençoada pela Felicidade.
Para quem lá esteve e agora está a ler este post, sabe do que estou a falar.
Para os que não estiveram, mas desejam alcança-la, aqui vai a explicação :-)
Depois de um prazeiroso jantar, a noite, embora outonal no mês de Agosto, estava longe de querer adormecer e dar lugar a um novo dia.
Fizemos-lhe a vontade. A melhor forma de a celebrar era junto de amigos que nos fazem sentir especiais nas suas vidas. E assim foi.
O encontro foi na Praia de S. Pedro do Estoril.
No total eramos seis pessoas.
Amigos meus, amigos de amigos meus, fizeram daquele momento, um momento de cumplicidade muito agravável.
As ondas do mar, à nossa frente, jubilozamente se enrolavam umas nas outras, numa dança sensual ritmada, envoltas pela neblina nocturna que levava o perfume da marzia até junto de nós.
A conversa, tal como as ondas do mar, desenrolava-se animadamente.
Conversa puxa conversa...afinal...quase nós todos tinhamos referências e lugares em comum, além de sermos amigos de amigos.
Tinhamos em comum o local de trabalho dos pais e a colónia de férias de Almoçageme.
Falámos, rimos, quase que chorámos ao lembrar da morte de amigos comuns que em tenra idade partiram para outro lugar, e recuámos até às brincadeiras que faziamos em criança...
Que bons tempos passámos juntos...
Que bom momento passámos ontem à noite!
Enquanto falávamos entusiastamente da nossa infância, a Felicidade estava sentada poucos metros à nossa frente. Nem podiamos acreditar.
Era a Felicidade. Como estava grande e bonita. Tinhamos de falar com ela.
A Felicidade reconheceu-nos e estivemos junto dela o suficiente para perceber que não estava ali por acaso.
E porque é que encontrámos a Felicidade e não outra pessoa comum da nossa infância?
Porque a vida tinha uma mensagem e uma lição muito importante para nos dar.
A Felicidade, com a sua simplicidade natural, mostrou-nos que vale a pena lutar por aquilo que se deseja. Ela conseguiu ultrapassar as barreiras que existiam na vida dela. Hoje é uma mulher realizada, segura e feliz, porque merece.

A Felicidade está ao alcance de todos, ela vive dentro de cada um de nós. Basta que a queiramos alcançar.
Esta noite, encontrámo-la, vivenciando-a um pouco mais. Sentimo-nos felizes por estarmos vivos e bem de saúde entre amigos que, mesmo não se vendo há 2 anos, 15 anos, 24 anos, estavam ali, simples, iguais, sinseros, genuínos.
Aquela mensagem era directa.
Não podemos deixar passar tanto tempo sem estarmos juntos, não devemos abandonar os nossos ideais só porque é dificil ultrapassá-los. Se há momentos complicados e ásperos na vida, os amigos têm o dom de os tornar mais suaves e doces.
A vida é esquiva e afasta-nos fisicamente.
Vivemos nos corações uns dos outros. Mas cabe-nos contrariar o espaço físico. Se queremos estar junto daqueles que nos são importantes, deveremos estar.
Não custa. Basta querer e disponibilizarmo-nos para fazê-lo!
:-)

sábado, 11 de agosto de 2007

DO DESASTROSO DIA À SERENIDADE

Quinta feira,
a manhã começou desastrosamente mal.
Toca o telemóvel às 12:30h.
Número privado. Odeio receber chamadas de números privados. Por norma nunca as atendo. Deixem mensagem, pois dessa forma saberei quem é e poderei contactar novamante.
Um tanto relutante, lá atendo a chamada.
Meu Deus! Que desgraça! O quê? Ouvi bem? Não pode ser! Como e onde?
Estava em estado de choque. A Carolina faleceu.
Que vazio dentro de mim... que vazio dentro de todos nós...
Como seria possível?
Que angústia...
Rezar por ela, sim sem dúvida. Mas onde quer que ela estivesse, o que deveria fazer era estar perto daqueles que a amavam e lembrar-mo-la com amor.
VIVERÁS PARA SEMPRE NO MEU CORAÇÃO! descansa em paz junto de Deus!

Amigos meus, externos, quando souberam o que tinha acontecido, deram-me o apoio que precisava naquele momento, naquela hora.
Obrigada Diana...obrigada João Medeiros...Obrigada Joaquim...
Os momentos seguintes que vivi, por muito estranho que possa parecer, foram uns dos melhores da minha vida, que ficarão na minha memória para sempre!
Os lugares que percorri, fizeram-me sentir viva, absorvendo e observando toda a beleza que me circundava...a Carolina vinha à minha memória com muita frequência...dizia-lhe..."podias estar aqui e agora comigo, seria bem melhor"...mas nada mais podia fazer. Aqueles momentos, aqueles lugares, eram para quem tinha ficado.
Seria maravilhoso que, onde quer que ela estivesse, sentisse aquela paz que aqueles lugares me estavam dar.
O passeio foi até Cascais... minha Cidade, minha Vila natal.
Cascais estava linda. Os gelados do Santini estavam deliciosos como sempre...hummmmmm...o gelado de côco era delicioso...hummmmm.....aqueles pedacinhos de côco... que textura deliciosa...hummmmm....
Caminhei pela antiga Vila, por ruas e ruelas...À minha frente, encontravam-se ruas íngremes e estreitas, revestidas com calçada portuguesa...árvores ainda em flor, de várias tonalidades, que coloriam e davam vida a todos os caminhos que percorria...Atrás de mim, estava a baía de Cascais...linda como sempre...serena...aliás, estava maravilhosa! Os meus olhos sorriam para ela! Sentia-me em casa!
Fui até ao Jardim Marechal Carmona. Já não ía lá há tanto tempo...
Familias passeavam e brincavam com os seus filhos, namorados segredavam baixinho confidencialidades, fazendo esboçar sorrisos timidos de quem as ouvia, amigos passeavam com amigos, vivendo aquele momento como se, aquele fosse o momento.
Pontes sobre lagos, patos e patas, tartarugas, pavões, ... , e nós, os humanos, estes, eram os seres caminhantes que percorriam aquele espaço desenhado e construido pelo homem com o intuito de proporcionar momentos relaxantes e repousantes, quer para a alma, quer para o corpo físico.
Para que o momento, não ficasse registado apenas na memória, decidi tirar uma foto...UPS! os meus óculos de sol, os meus queridos Chanel, tinham acabado de fazer o seu primeiro mergulho aquatico. Mergulharam na lagoa dos patos, desaparecendo sem deixar rasto, naquela água verde. UPS! Foi inevitável. Tive de me rir...aquilo era o quê?...o que mais me iria acontecer?... a páginas tantas já não sabia se me estava a rir pela piada em si, se por nervos...enfim...mas não perdera a esperança de os recuperar. Até brinquei com a situação. Amanhã poderia andar uma pata com óculos Chanel. Teria a sua graça...lol...

Dali, segui até à Casa da Guia... Guincho
que lugar lindo.... que paisagem maravilhosa...eram 18:45h
fim de tarde...
o Sol, por detrás de mim, iluminava a Costa de Cascais em tons de laranja... o cheiro a maresia ...hummm...ampliava-me a alma...
...os meus sentidos olfativos fizeram-me desviar o olhar para o restaurante que se situava à minha direita...um delicioso cheiro a pizza quente, feita em forno de lenha, fazia-me abrir o apetite...deveria estar deliciosa! Mas à minha esquerda, o menú também cobiçava o meu olhar...sushi...wasabi....oh o meu amigo wasabi....que saudades!!!!!!!
Estava prestes a desistir da resistencia em ficar ali a jantar.
Mas tinha outros planos, alugar um filme e vê-lo no corforto da minha casa.
Voltei para casa com dois filmes na mão. Babel e A casa da Lagoa. Dois excelentes filmes, com estilos diferentes, com realidades diferentes...realidades bem diferentes....

Uma quinta-feira, um dia que tinha começado desastrosamente mal, terminava agora serenamente bem.

Na manhã seguinte fui, de imediacto, ao Jardim Marechal Carmona, tentar salvar os meus óculos. Não poderia correr o risco de os perder. Havia a forte possibilidade de uma pretenciosa e vaidosa pata, que por ser a Viscondessa da lagoa, tomar os óculos como seus...lol...
Dirigi-me ao primeiro jardineiro que vi. Deslocava-se num trator agricula, acompanhado por um jovem jardineiro. Ofereceram de imedicto os seus préstimos. A lagoa não era funda, diziam eles, e se fosse necessário, entrariam de galochas na água verde, até que os óculos fossem encontrados. Estavam dispostos a dar o seu melhor. Felizmente eu sabia onde é que eles tinham caído, e como eram pesados, pedia a Deus que se mantivessem inertes.
Com o auxilio de uma pá de jardinagem, foram resgatados à primeira tentativa.
Excelente! Era uma mulher de sorte!
Estavam cobertos de limos. Tadinhos.
Agradeci imenso ao jardineiro que se sentia orgulhoso da sua pericia de salvamento, e fui-me embora.

Uma tarde repousante na praia me esperava. Até lá um simpático almoço no bar dos gémeos se decorreu...

Mudanças subitas para o jantar de sexta, mas compreensivas e necessárias, fizeram-me alterar os planos da noite. Esta, tornou-se muito agradável...Agradável mesmo. Jantar com dois dos meus melhores amigos, acompanhada pelo maravilhoso wasabi, fizeram-me sorrir e rir, esquecendo-me do dia anterior e, dos percursos torduosos que se passavam na minha vida.
Fomos de seguida para um barzinho muito simpático no Bairo, o Artis. Que ginginha deliciosa!!!
A brincalhona da Diana, na troça, troca-me o copo sem que eu tenha percebido. Dou um gole no moscatel dela, que, mesmo sendo um licor doce, comparado com o doce da minha ginginha, parecia limão...AHAHAHAH...ria ela despegadamente....
Às 2h da manhã, mesmo a conversa sendo boa, o cansaço já se notava no rosto. Tinha de ir para casa descansar.

Hoje, prestes a ir ao Hospital para saber o que de facto tenho, não quiz deixar de registar estes meus dois desastrosos e maravilhosos dias, que ficarão registados na minha memória até que Deus queira, e agora, registados aqui, neste mundo cibernético, até que a tecnologia permita :-)

terça-feira, 7 de agosto de 2007

IREI CONSEGUIR

Hoje iniciei o meu dia muito bem disposta.
As pessoas com quem me cruzei ao inicio da tarde, fizeram-me perceber que não eram encontros casuais. Estavamos ali, naquele lugar e àquela hora por um ou por vários motivos muito especificos. Uns sorriam, outros estavam mais tensos...esses estados de alma faziam parte das vivências de cada um.
Uma senhora estava muito tensa e não se sentia muito bem. Eu percebi a sua anciedade e dei-lhe a minha vez. Não tinha pressa, além disso estava a ler o último capítulo da Profecia Celestina, que falava das relações humanas. Vinha mesmo a calhar...Ela sorriu e agradeceu-me. Quando saiu, deu-me dois beijinhos. Estava visivelmente bem disposta. Senti-me feliz por ter contribuido na diminuição do seu sofrimento. Praticamente soube identificar as mensagens que me passaram e que lhes passei. O meu interior sorria, fazendo-me sentir bem como pessoa. Senti que faziamos parte do mesmo circulo e que todos caminhavamos na mesma direcção. A direcção da elevação do Ser Humano. Faziamos por nós e pelos outros.
Este estado de graça, que deveria ter-se perpectuado todo o sempre desapareceu, mesmo que eu tentasse mantê-lo dentro de mim.
Uma noticia que não esperava desfez a alegria que sentia.
Cirurgia? Pode ser necessário operar?
Mas se não têm a certeza do que é, porque é que me assustam com a possibilidade de cirurgia?
Para me acalmar, tentando obter o máximo de informações possíveis sobre a doença: causas, tratamento... dei comigo a ter pena de mim mesma.
Interrogava-me culpabelizando-me do que me acontecera.
Porquê? Porque é que isto me está a acontecer?
E agora o que deverei fazer para manter a calma?
Tentei não pensar mais no assunto.
Tudo se iria resolver, dizia para mim mesma. Mas por dentro gritava de dor e de inconformidade. O meu coração parecia estar apertadinho.
Mesmo tendo o grande apoio da Diana, que me conhece muito bem e que me pergunta sempre: "como estás hoje?", não era suficiente.
Estava com medo e sentia-me uma criança com medo do desconhecido.
Eu sei que tudo se vai resolver...mas até lá...estou a viver um momento novo na minha vida que me assusta!
Odeio doenças!
Ainda não tive coragem de contar aos meus pais. Talvez amanhã quando estiver com eles. Tenho receio da reacção da minha mãe. Talvez seja melhor ainda não dizer nada, não a quero preocupar. Direi quando tiver a certeza de tudo. Se é mesmo o que se viu ou se é apenas uma irregularidade.
Porquê?????
Tenho medo! Estou com muito medo!
Por norma sou uma pessoa corajosa, positiva, que dá o melhor que tem aos seus amigos e por sua vez a mim mesma.
Tive de escrever este post para exorcizar este medo, esta inconformidade, esta RAIVA CONTIDA!
Se isto me está a contecer, tenho de tirar uma lição disso, nada é por acaso.
Vou conseguir ultrapassar este estado de medo.
Enquanto a minha médica não responde à minha sms de SOS onde pergunto o que deverei fazer, vou-me acalmar, vou lutar por mim e vou conseguir!
Eu mereço estar bem.
Eu vou conseguir!
Afinal de contas... a vida continua bela lá fora e ainda tenho muito para fazer !
:-D

domingo, 5 de agosto de 2007

CAMIÑO DE SANTIAGO




Dia 3 de Agosto fez um ano que iniciei um novo caminho na minha vida. O caminho de Santiago de Compostela, que ainda hoje se faz dentro de mim.
"El camiño se hace caminando" a pé por entre montanhas, estradas, montes e vales, guiados sempre pelo símbolo de Santiago: A vieira pintada a amarelo.

O Caminho francês fiz eu, iniciando em St. Jean Piede de Port até Ponte de la Reina, retomando em Sárria com destino Santiago de Compostela. Com muita pena minha, não dispunha de um mês inteiro para fazer os 800km.
Estados de alma e corpo replectos de amor, compaixão, fraternidade, amizade, partilha, dor e cansaço fisico, delírio, espiritualidade, crença, alegria, emoção...
Durante aqueles dias, em toda a plenitude possivel de existir, senti o elo de união entre o meu corpo, energia e alma, que formam o meu ser.
Pela primeira vez na vida soube o que era superar o cansaço físico. A intervenção directa de Deus na minha alma, conduziu-me sempre até ao próximo abrigo.
No 4º dia, ao fim de 5 horas debaixo de sol intenso, sempre a caminhar, o calor que emergia do solo era tão intenso, que a planta dos pés latejava de dor, dificultando o trajecto que ainda tinha de percorrer. O cansaço físico era tremendo, dificil de se suportar. Uns metros mais à frente, num cansaço físico extremo, encontrei-me sozinha na estrada sem ver vivalma. Os meus companheiros de caminhada tinham desaparecedo. A estrada de terra à minha frente parecia interminável. Atrás de mim, levantavam-se ondas de calor que desfocavam o caminho. Por momentos pensei "morri e entrei noutro mundo". Continuando a caminhar lentamente sem saber o que me esperava, ouço uma voz familiar ao longe chamando por mim. Regrido no tempo percebendo que ainda estava neste mundo que conhecemos. Lembro-me de ter esboçado um sorriso que se desfez de imediacto.
-"Ana....onde é que já vais?....volta para trás!" gritou o meu companheiro ao fundo.
«Voltar para trás? Pensei eu... já andei isto tudo e custou-me tanto...»
Mas lá voltei, pé ante pé, até junto de uma clareira replecta de luz. Estavam a preparar o almoço. Enquanto comia devagar, observava a vegetação à minha volta. Tudo parecia iluminado e com uma luz divina. As diversas tonalidades de verde brilhavam intensamente. Tinha a sensação de que tinha chegado ao paraiso. Adormeci de cansaço.
Cerca de quinze minutos mais tarde fui acordada pelos meus companheiros. Não podíamos perder muito tempo pois muitos km haviam a se fazer.
Revigorada, caminhei estrada fora, conversando, rindo e comentando o quanto era belo o caminho e as pessoas que, tal como nós, ali passavam. O paraíso, perpectuava-se estrada fora até Santiago. Muitos km e longos dias pela frente se avistavam. Tinha de conseguir. Tínhamos de conseguir.
6L de água bebidos durante o dia, amendoins com sal e açúcar, barras de leite condensado, fruta, e proteínas ajudavam a dar mais um passo sem delírio, mantendo os pés na terra.
A natureza parecia cada vez mais bela... De autênticos desertos, passávamos para bosques encantados, que à noite pareciam-se tomar formas humanas.
Em transe... todos os últimos 8 km de cada dia eram feitos em estado de transe. Seguia em frente, sozinha, entoando mantras, reprogramando o corpo e pedindo a Deus que me ajudasse a avançar com mais um pé. Aqueles momentos eram mágicos. Parecia que era levada num portal do tempo. Quando voltava ao meu estado desperto, percebia que o próximo albergue já estava perto. No fim de cada percurso, agradecia a Deus por me ter acompanhado sempre.
Chegando ao albergue, que nem sempre tinha vagas, só desejava ter uma cama para dormir e um duche para tomar.
Nem sempre foi possível dormir em camas. O chão e sofás duros serviam perfeitamente para descansar o corpo dorido. A alma, esta no dia seguinte estava fresca e pronta para enfrentar mais 30km. O corpo, no inicio de cada dia doía um pouco, mas rapidamente se restabelecia.
Mas o melhor do Caminho não é apenas isto.
São as dádivas humanas que se estabelecem.
Desde o primeiro dia, damos o que temos sem nos pedirem, dãos-nos o que têm sem estarmos à espera e sem pedir nada em troca.
O objectivo não é chegar ao fim da viagem, a Santiago, e receber a Apostilha. O objectivo da viagem é caminho espiritual que se faz.
É saber olhar para o outro como irmão, igual a nós, com os mesmos direitos.
Não há estatutos sociais, idades, sexos.
Há apenas partilha, fraternidade, compaixão e muita humildade
Isso é o mais importante.
Este caminho foi e será sempre uma viagem interior para a eternidade.
Se Deus quizer, estarei lá novamente para o ano que vem. Dessa vez, para fazer os 800Km com uma semana de voluntariado num albergue de peregrinos.
Desejo que façamos sempre “un bon camiño”.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

WITH LOVE

Partir para longe, à procura de melhores condições de vida...
Sinto-me nostalgica a pensar nesta possibilidade.
Enquanto se aproxima o momento da partida, o coração aperta e aparece um pequeno nó no estômago que faz doer na alma. As pessoas de que gostamos e que passámos bons momentos na vida surgem no pensamento com muita intensidade e frequência.
O tempo pára por segundos e só desejamos dizer-lhes o quanto são importantes na nossa vida, que mesmo estando longe, elas estarão sempre presentes no nosso coração...
Mas constatamos que não sabemos transparecer esse elo de amor e damos conta que entrámos em PRÉ-SAUDADE.
"Tur me on in your heart. I will wait you come home one day. Until than, you will live always in my life!"
I hope you tell me that one day.