terça-feira, 18 de dezembro de 2007

ANO NOVO VIDA NOVA

Sento-me em frente ao meu computador enquanto a minha gata vagueia de um lado para o outro procurando um assento quente.
Penso – está frio – mas tenho o aquecedor ligado.
Frio.
A minha mente dispersa-se por outras paragens e fixa-se em terras em que outros seres sofrem de falta de condições humanas. Não têm alimento, aquecimento, os seus corpos seminus não escondem a magreza, a doença, o abandono.
Esses têm o direito de dizer que têm frio e têm todo o direito em chamar a nossa atenção.
Estamos deveras egoístas.
Enchemos os Centros Comerciais na gula de querer comprar tudo nesta época natalícia.
Que sociedade construímos?
Envergonho-me dela.
Envergonho-me de pouco fazer por ela.
Muito material informático, escolar, alimentar, etc. que se destina a povos de países desfavorecidos é corrompido por funcionários dessas empresas e instituições que, ao romperem o sistema, lucram em próprio benefício.
Envergonho-me de conhecer tal gente.
Será que a consciência daquelas cabeças burlescas não pesa à noite quando se deita e quando “educa” os seus filhos?
Este sábado estive num um almoço de Natal em que se comentava que, se a população desfavorecida da China reclamasse os direitos de saneamento básico como ter luz, água canalizada e gás, o Planeta entraria em colapso.
Registem bem, colapso.
Como os “Grandes” governantes não querem que se entre em colapso, permitem que se mate e que se explore cidadãos de Deus.
Há muito que energias e consumíveis alternativos não poluentes estão desenvolvidos e comprovados como eficientes e seguros. Mas o egoísmo e a soberania do capitalismo impedem que sejam postos à venda.
Que vergonha!
Se poupássemos mais os recursos naturais, todos teriam os mesmos direitos.
Seremos mais do que os Chineses?
Claro que não!
Paremos com esta politica hipócrita e parasitante que paralisa a mente e a consciência de cada um de nós.
“Ano Novo, vida nova” diz o velho ditado.
Apliquemos esta máxima e sejamos mecenas da cidadania, fraternidade, igualdade, liberdade e justiça.

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