segunda-feira, 23 de julho de 2007

12:21 - CAPÍTULO I

Acordei com a sirene de emergência de recolhimento.
O meu coração batia forte. Tinha a sensação de que me queria saltar do peito.
Olhei para o lado e vi-a deitada a dormir num sono tranquilo.
Tinha de a acordar.
Tinhamos que sair dali o mais depressa possível.
Mas ao olhar para ela, ali, deitada ao meu lado, parecia que tudo à nossa volta estava em paz. A tranquilidade que emanava, apodereou-se do meu corpo e mente.
Também eu fiquei tranquilo e passional.
Por segundos, esquecera-me do tempo.
Aquele estado de contemplação foi quebrado por três fortes pancadas na porta da frente.
Era Simão.
O alerta não era falso.
Tinhamos de sair dali, senão, toda a missão ficava em risco.
Peguei-a ao colo e corremos porta fora.
Simão vinha ao meu lado.
- Já está tudo preparado - dizia-me ele. - Todos vos esperam para partirmos.
A rua estava deserta. Não se via vivalma.
O som era ensurdecedor. As sirenes não paravam de entoar o sinal de alerta.
Enquanto corriamos o mais depressa que conseguiamos, Nikra acordava lentamente nos meus braços.
O seu olhar era belo.
Olhou-me no fundo dos meus olhos e disse-me:
- Chegou o momento. Estou pronta.
Sorrimos um para o outro. Ambos sabiamos que tudo estava prestes a mudar na vida de todos para sempre.
Mas corriamos riscos. Não podiamos perder tempo.
- Nikra - disse-lhe eu - chegámos. Os nove elementos já estão colocados. Faltam os nossos três. Simão veio-nos buscar.
Coloqueia no chão, mesmo em cima do seu portal de entrada.
Dirigi-me para o meu.
Simão, situado por cima do seu portal, desenhou no espaço o sinal de entrada.
Entraramos no portal Kirlian.
- Sejam bem vindos irmãos - disse Wheepky. - Os nove mensageiros esperam-vos. Está tudo a postos.
- Já receberam o novo sinal? - Perguntei-lhe um pouco nervoso.
- Delfrus, o que se passa contigo, sentes-te bem? - Perguntou imediatamente Wheepky.
- Sinto-me um pouco nervoso. O campo vibratório está elevado. Já não me lembrava que era assim. - Sorri-lhe.
Comecei a sentir-me mais tranquilo e em paz.
- Venham atrás de mim - disse Wheepky, indicando-nos o caminho.
Wheepky fora escolhido por Warlov, o Supremo Ser de Luz Secreto do Planeta Nublose, ainda com seis anos de idade, por representar o amor incondicional, a compaixão, a fraternidade e a paz da futura humanidade. Seus pais, dois seres de luz, tinham falecido numa emboscada preparada pelos Crécrevos há quinze anos atrás.
Wheepky tinha completado esta noite vinte e um anos de idade.
- Chegámos -Disse-nos Wheepky, digitando o código que abria a porta em forma de Triskle. -Warlov espera-vos.
Nem cabia em mim de tanta alegria. Iria ser-me dada a honra de conhecer pessoalmente o Supremo Ser de Luz.
Lá dentro encontravam-se os nove mensageiros vestidos todos com o manto branco de Kirlian.
Por de baixo do manto envergavam as armaduras de Warlov.
Ficámos por segundos pedrificados. Sentia o sangue a gelar-se nas minhas veias.
Warlov, de pé, localizado no centro da sala, olhou para nós fraternamente. O rosto de Warlov parecia-me familiar. Impossível dizia para mim mesmo. Só poderia estar a ser atraiçoavo pelos meus pensamentoe e desejos de conhece-lo pessoalmente. Foram tantas as noites que sonhei com este encontro. Era impressão minha, dizia vezes sem conta até me auto-convencer.
-Warlov - gritou Nikra, correndo para os seus braços.
- Neferata, como estás? - Respondeu Warlov. - Não te via há tanto tempo. Sê bem vinda. Esta é a tua casa.
Era impossivel esconder o meu olhar de espanto. - Neferata? - dizia eu baixinho para mim mesmo. Como é que é possível?
Neferata era um Ser de Luz do Planeta Nublose. Filha de Warlov e de Fénix. Tinha o poder de assumir várias formas fisicas, de morrer e voltar a renascer tal como sua mãe, ficando cada vez mais bela.
- Nikra - susurrei com a voz trémula.
Neferata olhou para mim sorrindo-me tal como Nikra me sorria.
- Delfrus - respondeu ela. - Eu sou, Nikra, a tua esposa. Neferata é a minha entidade karmika.
- Não estou a compreender - repondi-lhe. - És filha de Jonh Davis, o Ser de Luz.
- Delfrus - entuou Warlov com a sua voz grave de elevado Ser de Luz. - Chegou o momento de saberes a verdade.
Engoli em seco. Tinha um nó na garganta. Os meus pés e mãos gelaram.
Olhei para Nikra como se a estivesse a ver pela primeira vez. Amor, era o que eu sentia por ela. Amá-la-ia para sempre, quem quer que ela fosse.
O olhar que Nikra me dirigia era doce e meigo. Via no seu olhar a expressão de amor.
Warlov dirigiu-se para mim. Colocou-me a mão no ombro e levou-me até ao encontro de Nikra que permanecia no centro do sala.
- Eu sou Warlov, o Supremo Ser de Luz do Planeta Nublose e também Jonh Davis, o Ser de Luz para os que vivem no Planeta Terra.
O meu rosto abriu-se com um grande sorriso como se tudo agora fizesse sentido.
Faço um flashback até à minha infância.
John Davis era o melhor amigo do meu pai. Ambos pertenciam a uma sociedade secreta a que chamávamos de Triandade.
Quando completei vinte e um anos de idade, o meu pai fez questão de me apresentar a filha de John Davis, Nikra, que tinha a minha idade. Dizia que iria perceber mais tarde.
Foi amor à primeira vista.
Voltei a mim quando Nikra me segurou a mão direita dizendo: - Delfrus, está na hora.
Agora percebia que Warlov vivera entre nós como John Davis para se certificar que a escolha dos doze mensageiros do Portal 12:21 era feita pelos verdadeiros seres de luz e não pelos Crécrevos, seres das trevas que se faziam passar por seres bons.
Nikra, agora Neferata, eu e Simão, vestimos o traje destinado aos doze mensageiros, tal como fizeram os outros nove irmãos de luz.
Posicionámo-nos em circulo.
Ao centro estava Warlov e Wheepky.
Estávamos prestes a iniciar a descodificação da primeira mensagem.
A primeira mensagem de doze, para toda a humanidade.

domingo, 22 de julho de 2007

12:21 - PRELÚDIO

A nave aterrou.
No solo estavam à minha espera novos seres de luz.
Senti paz.
O portal do tempo fechava-se atrás de mim.
Desliguei os comandos.
Levantei-me tranquilamente e diriji-me para a porta de desembarque. Não se ouvia nada. Nem o bater do meu coração. Apenas sentia o meu corpo quente.
O portão abriu-se lentamente.
Uma luz intensa mas fria iluminou o meu rosto que se transfigurava.
Todo o meu corpo se transformava, adquirindo novas formas.
Olhei em frente.
Dois seres vieram em minha direcção fazendo-me sinal para avançar.
Caminhei para junto deles.
À minha volta fez-se um circulo.
Todos entoavam um mantra de sons metalizados.
Do solo começaram a brotar luzes celestiais que se dissipavam verticalmente no cosmo.
O meu corpo começou a vibrar. A vibração era cada vez maior até que perdi o controlo sobre o mesmo.
A minha mente era agora controlada pelos seres de luz. Eles detinham o poder.
Visualizavam as minhas memórias, tudo o que tinha vivenciado antes.
Doze mensagens foram-me passadas por cada um deles.
Mensagens codificadas que só poderiam ser descodificadas quando os doze mensageiros se reunissem em volta do portal da sabedoria universal.
O meu corpo e a minha mente permaneciam em transe.
Uma abóboda de luz formava-se no céu celestial.
Nove cones de luz circundaram aquele circulo fechado fazendo emergir do solo nove pequenas esferas metálicas abertas, que se assemelhavam a pétalas de flor.
Cada uma delas projectava, na abóboda de luz ,uma brilhante luz colorida.
O som vibrante entoado por aqueles seres de luz era cada vez maior.
Sentia o corpo todo a vibrar.
As cores assumiam agora tonalidades cada vez mais fortes e mais densas.
Os espectros de luz colorida começavam a descer lentamente da abóboda, e em movimentos circulares, através da base da minha coroa central, canalizavam-se em zonas especificas do meu corpo.
Pertencia a uma outra entidade superior, à qual ficaria ligada para sempre.
Aquele momento pareceu eterno, como se o tempo tivesse parado.
Aos poucos, os mantras começaram a entoar-se mais baixo, até que um novo silêncio se fez ouvir.
O meu estado de vibração corpóreo e mental tornou-se também mais lento.
Voltara a sentir o meu corpo e a ter domínio sobre o mesmo.
Sentia-me leve, energizado e em paz.
Mas tudo agora era diferente.
A missão era específica.
Tinha-se iniciado a abertura de um novo portal: 12:21
Doze mensagens
Doze mensageiros
Doze lugares
Doze portas de um só portal,
para uma só humanidade.

sábado, 21 de julho de 2007

O CAMINHO PARA A SERENIDADE I

Seria mais construtivo se as pessoas tentassem compreender aqueles que crêem ser seus inimigos. Aprender a perdoar é muito mais útil do que apanhar uma pedra e atirá-la ao objecto da nossa raiva, sobretudo quando a provocação é extrema. É nas maiores adversidades que existe o maior potencial para fazer o bem, tanto para nós como para os outros.

Devemos perceber que mesmo que os nossos adversários pareçam prejudicar-nos, no fundo, essa actividade destrutiva só os prejudicará a eles mesmos.

Quando surge um problema, tentemos continuar humildemente, mantendo uma atitude sincera preocupando-nos com que o resultado seja justo. Claro que os outros podem aproveitar-se de nós, mas se mantivermos o nosso desapego, isso apenas encorajará a uma agressão injusta. Adoptemos uma atitude forte. No entanto, isso deve ser feito com compaixão. Se for necessário expressar os nossos pontos de vista e tomar contra-medidas fortes, devemos fazê-lo sem ódio nem qualquer má intenção.

A compaixão é o método e a sabedoria. É a perspectiva filosófica para compreender a realidade.

Quando se trata de fazer algo que é correcto, o tempo não importa, contanto que cada dia da nossa vida seja útil.

A palavra "último" pode ter dois sentidos. Umas vezes refere-se ao objecto de negação, algo a ser refutado. Outras vezes pode referir-se à sabedoria que se deve gerar.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

PORQUÊ?

18 de Julho de 2007. 00:34h.
Vivemos num país em que todos falamos a mesma língua, conhecemos os nossos visinhos, aos quais cumprimentamos com um"bom dia", temos dó de acontecimentos desumanos e somos solidários com os demais.
Mas porque é que somos crueis com aqueles que são nossos amigos?
Faz algum sentido?
Porquê? Porque é que se vivemos num país em que todos falamos a mesma língua, conhecemos os nossos visinhos, aos quais cumprimentamos com um"bom dia", temos dó de acontecimentos desumanos e somos solidários com os demais, porque é que mal tratamos quem conhecemos, quem nos apoiou em momentos difícies, quem nos acolheu em suas casas dando-nos abrigo e alimento, nos acariciou quando precisavamos ... ?
Porque é que se diz mal do outro com tanta facilidade e na maioria das vezes se mente? Porque é que quem ouve não tenta ver a verdade? Porque é que condena onde não tem de condenar?
Para onde é que estamos a caminhar?
Tanta revolta, tanta desconfiança, tanto rancor, tanta opressão..... estou cansada de tudo isto!
Será que um dia acordaremos deste temor que se está a tornar num tumor?
Espero que sim! Espero que amanhã seja o primeiro dia de um novo olhar para o próximo, para a sociedade, para o mundo.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

DESCOBERTA DO AMOR PELO TEATRO

















Faz hoje precisamente uma semana que subi ao palco, acompanhada por excelentes colegas que ficarão na minha memória para sempre, na brilhante peça intitulada "O Trapésio na Arte do MusicHall", encenada por Florbela Oliveira, grande actriz e talentosa encenadora.
Já por várias vezes tentei escrever algo, sobre o que de fantástico aconteceu na minha vida। A DESCOBERTA DO AMOR PELO TEATRO.

Algo me impedia. A minha mente apenas permitia que escrevesse aqui e ali um comentário, um elogio, um registo de saudade em blogs e hi5 de colegas que se tornaram amigos par sempre!
Agora percebo o que me impedia de o fazer... era a saudade, o não querer acreditar que tudo já acabou... recusava-me a acreditar que tudo já fazia parte do passado.
Passado que permite que hoje seja uma mulher diferente.
Tudo começou numa sexta feira de Inverno.
A Flobela e o Nelson não cabiam em si de tanta alegria.
Eramos ainda poucos na sala. Colegas estavam prestes a chegar, mas a aula tinha de começar...o entusiasmo por parte de todos era tão grande que os nossos rostos não escondiam a alegria que brotava dentro de nós.
O primeiro exercício... "o espelho".
A pares, tinhamos que seguir os gestos do colega que estava sentado à nossa frente, sempre olhando-o nos olhos.
Iniciei o excercício com o Prof. Nelson.
Chega um colega novo.
O João Gonçalves.
Sentou-se á minha frente e fez o exercício comigo olhando-me fixamente.
Ao som de uma composição musical mágica, o momento tornou-se mágico!!!
Naquele momento eramos um só. O espelho um do outro. E assim se perpectuou quase sempre!
Apresentámo-nos todos.
Improvisámos, rimos e à noitinha, antes de ir embora, desejávamos ficar lá ainda mais três horas.
Assim foi durante semanas.
Viviamos a pensar na sexta feira, em que nos encontraríamos para explorar-mos mais e mais o que estava escondido e adormecido dentro de nós.
Fomos ficando mais ricos com a entrada de novos elementos. A Diana, a Ana, a Célia...Amigos que ainda se tornaram mais amigos...e colegas que hoje são amigos!
A aula da "cara branca", a aula do dramatismo, do amor, da comédia...
QUE SAUDADEEEEE!!!!!!
Ri, chorei, senti raiva, amei, amei, amei, amei...
Hoje sinto a falta de tudo! Até dos gritos, do stress, do desespero! Também sinto falta disso tudo. Tudo isso fazia-me sentir viva e dáva-me luta. Luta por querer alcansar o que queria.
Três dias finais. O fim de um novo começo.
REPEAT...é o que me apetece fazer ao som da nova música do The Gift!
Repetir tudo de novo com vocês todos! Todos! Todos!
Três dias fenomenais...
Seis meses resumidos em três dias, que me orgulharei de relembrar para sempre!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

SERENIDADE

O fim de tarde de ontem...
que tranquilizante!
Que paz!
A minha primeira visita ao Centro Português Budista foi brindada com a visita de um monge português.
Depois de meia hora em meditação em silêncio, onde a minha mente me mentiu fazendo-me adormecer, seguiu-se um lanche delicioso.
Os ensinamentos de vida que nos foram passados, a paz universal, o amor incondicional pelos outros...tanta paz...tanta serenidade!
Um encontro que era para ter terminado às 21:00h, terminou depois das 22h.
Ninguém queria quebrar essa ponte de paz.
Meus amigos, deixo-vos o pensamento diário de 11 de Junho, escrito pelo Mestre Dalai Lama, no seu livro " O caminho para a serenidade".

" A culpa tal como é experimentada na cultura ocidental está ligada à falta de esperança e ao desencorajamento, relacionando-se com o passado. Em contrapartida, o remorso autêntico é um estado mental saudável - relaciona-se com o futuro, com a esperança, e leva-nos a agir, a mudar."

Caminhemos para a serenidade todos juntos :-)

sábado, 7 de julho de 2007

FÉNIX

Renasci!!!!
vou viver...viver com prazer porque não sei se amanhã cá estarei. Hoje sei que estou e sinto-me feliz!
Feliz porque sinto-me viva...feliz porque me amo...feliz porque amo os meus amigos... feliz porque estou pronta para amar de novo e cada vez mais!!!!
Espero sempre um amanhã e acredito que será mais um prazer.
Criar algo de novo, repetir o que gostei de fazer, mas de maneira diferente para que seja um outro prazer único, que fica resistado no tempo e na memória.
Memória...passado que não volta, registado algures no tempo para a eternidade.
Hoje...que me importa o que serei...quero é viver!!!!!
Amanhã...interessa-me o que está para vir...quero descobrir o amanhã e ser cada vez mais feliz!
Renasci!!!!