terça-feira, 29 de agosto de 2023

SOFRIMENTO POR AMOR II

No abandono do amor, vagueio só e vazia, a pessoa que anseio, é sombra, é fria. 

Palavras que outrora eram laços, hoje ferem como punhal, rejeição e difamação, meu coração é seu rebanho leal.

Múltiplas vozes dentro de mim ecoam, um triste fado que em silêncio as almas alojam. 

Ah, como desejo que cesses essa dança cruel, que teus olhos outrora doces, voltem a olhar-me com papel.

Mas no labirinto das emoções, somos marionetes sem fio, cada verso da minha dor, no peito é um desafio. 

Ó alma errante, que clama pelo retorno dos dias dourados, em tua partida, perdi-me entre caminhos bifurcados.

Que o vento leve o amargor, traga consigo a mudança, que a pessoa que amo perceba a esperança. 

Que essas palavras, feito asas de sonhos perdidos, atravessem o abismo entre nós, unindo corações feridos.

Mas se a resposta for o eco do silêncio, um adeus silente, que o amor abandonado encontre em mim um recomeço ciente. 

Pois sou plural em dor e saudade, e em minha introspeção, encontro a força para a realidade, encarar de verdade da eterna solidão, caso não me queiras mais na tua vida e no teu coração. 

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